quarta-feira, 13 de dezembro de 2006

Ausência da CMC

Caros amigos, Por motivos de intervenção cirúrgica irei estar ausente da Câmara Municipal. Todos os assuntos relacionados com a actividade autárquica deverão ser encaminhados para a minha secretária Dr.ª Joana Vergas. Contactos: jvergas@cm-cartaxo.pt cultura@cm-cartaxo.pt 93 921 09 60 Cumprimentos e até breve.

terça-feira, 12 de dezembro de 2006

30 Anos de Poder Local Democrático

Cavaco Silva defende "mais poderes e meios financeiros" para câmaras O Presidente da República, Cavaco Silva, defendeu hoje que sejam atribuídas "maiores responsabilidades às autarquias, assegurando-lhes os correspondentes meios financeiros", apelando ao diálogo entre as câmaras e o Governo na questão da Lei das Finanças Locais. O apelo de Cavaco Silva foi feito na abertura do Congresso do Poder Local, organizado pela Associação Nacional dos Municípios Portugueses (ANMP) — que assinala os 30 anos das primeiras eleições autárquicas democráticas—, numa altura de tensão entre o Governo e as autarquias devido à nova Lei das Finanças Locais. Para o Presidente da República, a experiência dos últimos anos revela que "entre o poder central e o poder local tem sido possível cooperar, no sentido de dotar as comunidades dos equipamentos sociais necessários" e que essa é uma prática a continuar. Para Cavaco Silva, as áreas em que essa cooperação deve existir são a protecção e inclusão social, educação básica e rede de oferta de cuidados primários de saúde. "[Esse] esforço concretizado assegura-nos que é possível e desejável ir mais longe e atribuir maiores responsabilidades às autarquias, assegurando-lhes os correspondentes meios financeiros", sustentou. O chefe do Estado elogiou o trabalho das autarquias nestas três décadas. "Quando comparamos o Portugal que existia há 30 anos e o Portugal que hoje somos neste início de século, o saldo é claramente favorável", garantiu. Para Cavaco Silva, "o Portugal de 2006 é sem dúvida um país melhor do que o Portugal de 1976". No seu discurso, o Presidente da República não fez qualquer referência directa à nova Lei das Finanças Locais, cujo teor é contestado pelos municípios. A nova lei das Finanças Locais foi aprovada na especialidade a 16 de Novembro, na Assembleia da República, com os votos do PS, a abstenção do CDS-PP e os votos contra do PSD, PCP e Bloco de Esquerda e tanto a ANMP como o PSD têm dúvidas quanto à sua constitucionalidade. Depois de três semanas no Parlamento para a redacção final, a lei das Finanças Locais foi enviada na segunda-feira pela Assembleia para a Presidência da República. O Presidente tem agora 20 dias para promulgar ou vetar o diploma. Uma das dúvidas de constitucionalidade da nova lei é a possibilidade de os municípios decidirem reduzir até três por cento o IRS cobrado aos munícipes, quebrando o princípio da universalidade do imposto. Fonte: Jornal Público on-line

domingo, 10 de dezembro de 2006

sexta-feira, 24 de novembro de 2006

Noite de Poesia na Biblioteca Municipal

Este Sábado, pelas 21h30m, aceite o nosso convite para mais uma noite de poesia na Biblioteca Municipal Marcelino Mesquita.
O poeta homenageado será Rómulo de Carvalho/António Gedeão.
Afirmando-se como um dos mais brilhantes e talentosos criadores lusófonos do século XX, Rómulo de Carvalho/António Gedeão, respectivamente, o professor, pedagogo e historiador da ciência, e o seu alter-ego literário, atravessou todas as convulsões e acontecimentos marcantes do nosso século, que se reflectiram no formar-se de um espírito extremamente marcado pelo cepticismo e pela ironia, sempre presentes nos seus poemas.
Licenciado em Ciências Físico-Químicas pela Universidade do Porto em 1931, traduziu como ninguém, a ciência para os leigos, desvendando segredos científicos com a mesma simplicidade com que os exemplificava.
Lisboeta toda uma vida, uniu de forma exemplar, através da sua obra, a ciência e a poesia, a vida e o sonho. Apesar de só aos 50 anos ter decidido publicar o seu primeiro livro de poesia, inaugurando assim uma carreira que se afirmou por si própria na cultura portuguesa, tornou-se uma figura de referência incontornável no imaginário colectivo do povo português, principalmente para toda a geração da "Pedra Filosofal".
Poucos meses após ter celebrado o seu 90º aniversário, assinalado pela homenagem que lhe foi prestada pelo Ministério de Ciência e de Tecnologia, a sua morte em 19 de Fevereiro 1997, deixa-nos um legado para o futuro, numa sociedade cada vez mais global, onde a união entre Ciências e Humanidades se torna cada vez mais uma necessidade premente.
Assim, neste Sábado, traga um poema seu ou de outro autor e junte-se a nós. O café, o chá e as broas de natal ficam por nossa conta.

quinta-feira, 9 de novembro de 2006

Um Orçamento de rigor e modernidade

O Orçamento de Estado (OE) para 2007 vai cumprir, tal como o Governo prometeu ao país, o objectivo de reduzir o défice das contas públicas, sem contudo tirar os olhos do crescimento económico e da modernização da economia portuguesa. O primeiro-ministro, José Sócrates, é peremptório ao afirmar que não tem dúvidas que o OE de 2007 configura um novo paradigma, “totalmente inédito em Portugal”, na forma de encarar e trabalhar as contas públicas. “Conseguimos, pela primeira vez, e pelo segundo ano consecutivo, o que nunca foi antes alcançado, fazer baixar o défice da Administração Pública para os 4,6 por cento do PIB, a que se seguirá, em 2007, um novo abaixamento que situará nos 3,7 por cento”. A despesa pública, afirmou o primeiro-ministro, vai diminuir em termos reais no próximo ano, o que acontece pela primeira vez em três décadas. Quanto à despesa pública nominal, refere José Sócrates, “irá subir menos do que a inflação prevista”, o que constituirá, como defende, “um factor de confiança e de credibilidade para os agentes económicos”. Mas a preocupação do Governo não se ficou pela tarefa urgente e absolutamente inegociável do combate ao défice das contas públicas. Paralelamente, o Executivo desenvolveu uma estratégia de modernização e de crescimento económico, cujos resultados positivos são hoje evidentes e indesmentíveis. Com efeito, o país cresceu este ano 1,4 por cento “muito acima das previsões mais optimistas que apontavam para os 1,1 por cento de crescimento da nossa riqueza”, devendo em 2007 voltar a crescer para um patamar que deverá situar-se nos 1,8 por cento. Na opinião do primeiro-ministro, este Orçamento de 2007 terá que ser medido, sem dúvida, pelo rigor, mas também sem esquecer o necessário e indispensável crescimento económico do país. De facto, se o OE aponta como objectivo prioritário reduzir o défice orçamental, por outro lado, não esquece a perspectiva de uma orientação de crescimento da economia, apostando áreas tão importantes para o nosso futuro e bem-estar colectivo como a ciência, tecnologia e inovação, mas também na qualificação dos portugueses, no combate à pobreza e na manutenção das políticas voltadas para os idosos. A fórmula para se poder alcançar estes objectivos, está devidamente sustentada no OE, que aponta para a repartição do esforço entre a consolidação na redução da despesa e, simultaneamente, no crescimento da receita. De facto, a redução do défice orçamental de 2007 irá ser conseguida através de uma significativa redução da despesa pública, e, em contrapartida, beneficiará de um aumento das receitas que deverá rondar os 40 por cento. No corrente ano, recorde-se, o défice orçamental do subsector Estado registou até Setembro um abaixamento de 25 por cento, face ao mesmo período do ano passado, que em números se traduziu numa poupança de seis milhões de euros. Contudo, outros aspectos serão igualmente contemplados, tendo em vista fazer baixar o défice das contas públicas. É o caso, por exemplo, da moderação na actualização das tabelas salariais, conjugadas com a não contagem do tempo de serviço para efeito de progressão nas carreiras na Função Pública, nos novos mecanismos de mobilidade dos funcionários e agentes e na desburocratização e simplificação (Simplex), medidas que nas contas do Executivo representarão no próximo ano os principais factores para que a despesa pública possa baixar e assim justificar a componente pretendida de maior redução do consumo público. Outro dos aspectos que se afiguram determinantes para que o défice público possa baixar, respeita à reforma da Segurança Social e ao reforço da sustentabilidade financeira dos sistemas de saúde. Mas também a redução das despesas de funcionamento dos ministérios, através nomeadamente da racionalização dos efectivos, reordenamento dos serviços e outras medidas sectoriais, como seja o caso da moderação salarial, redução de subsídios e um efectivo e real acompanhamento e controlo da execução orçamental, se apresentam como medidas fundamentais para um verdadeiro abaixamento da despesa pública. Toda a instabilidade agora sentida, fruto das reformas e alterações que o Governo está a introduzir com o objectivo de sanear as contas públicas, e que está a acarretar importantes esforços por parte da população e dos trabalhadores da Administração Pública, refere o ministro Teixeira dos Santos, começará a sofrer uma inversão positiva quando o Programa de Reestruturação da Administração Central do Estado (PRACE) tiver início e entrar em velocidade de cruzeiro. Investimento público mantém-se elevado Ao invés do que a oposição, sobretudo à esquerda do Governo, tem vindo a fazer circular, segundo a qual o investimento público em 2007 irá cair para níveis nunca antes vistos, tal não se confirma, pelo menos se levarmos em linha de conta os quadros publicados no OE, onde tal cenário nem de perto se comprova, prefigurando-se apenas uma quebra do investimento público, em relação a 2006, de 0,5 por cento ou seja, 9,4 milhões de euros. No âmbito do PIDDAC (Plano de Investimentos e Despesas da Administração Central) as prioridades em 2007 vão para a Ciência e Tecnologia, áreas onde estão previstos aumentos no investimento em cerca de 42 por cento, e para as obras públicas, como é o caso, por exemplo, das redes transeuropeias de transportes, sobretudo com um enfoque especial no TGV. O sector dos transportes será aliás aquele que mais investimento receberá por parte do PIDDAC, para onde será destinado 50 por cento do total do investimento público, cerca de 2515 milhões de euros, verba que será destinada, não só para o futuro comboio de alta velocidade, mas também para projectos que o OE denomina como corredores estruturantes do território. Serão ainda investidas significativas verbas pública na área da agricultura e desenvolvimento rural, subsector que terá um equivalente a 9 por cento do total do PIDDAC, ou seja, 447,3 milhões de euros, montante que se destina sobretudo ao apoio a projectos de desenvolvimento agrícola, rural e ambiental e a projectos de desenvolvimento sustentável da floresta. Consumo privado vai subir As contas apresentadas no OE apontam para uma ligeira subida do consumo privado na ordem dos 1,3 por cento em 2007, em relação ao ano corrente, devendo-se, simultaneamente, registar uma diminuição do consumo público, igualmente na casa dos 1,3 por cento em relação a 2006. As exportações, pelo seu lado, deverão aumentar entre os 7 e os 7,5 por cento, enquanto as importações deverão sofrer uma subida de apenas 1,8 por cento em relação ao ano corrente. Tudo isto com uma taxa de inflação que deverá situar-se nos 2,1 por cento. Quanto ao emprego, e segundo o ministro das Finanças, deverá ter uma variação de 1 por cento, enquanto a taxa de desemprego deverá cair 0,1 por cento, para 7,5 pontos percentuais. Regiões e autarquias vão receber mais Apesar da polémica instalada entre o Governo e a Região Autónoma da Madeira e algumas autarquias do Continente, os números do OE para 2007 não enganam. Entre o deve e haver, as estruturais regionais e locais se, por um lado, de acordo com as novas regras que estão já em aprovação no Parlamento, vão no próximo ano ver cair as suas receitas correntes em cerca de 4,7 por cento, verificarão, em simultâneo, que as suas receitas de capital sofrerão um aumento de cerca de 21 por cento. Ou seja, de forma global, as receitas crescerão 1,9 por cento. Por outro lado, as transferências do Orçamento de Estado para as autarquias, no âmbito da lei das finanças locais, e segundo o próprio ministro das Finanças já garantiu, vão manter-se exactamente na mesma como em 2006, ou seja, serão transferidos neste âmbito para o poder local, 2492,3 milhões de euros. A esta verba, prevê-se que os municípios aumentem em 13 por cento a receita de Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), que, como se sabe, constitui uma receita municipal. Quanto às regiões está ainda previsto um aumento das verbas a descentralizar na ordem 548,8 milhões de euros, sendo que em 2006 esse valor se ficou nos 415 milhões de euros. Texto de Rui Solano de Almeida Fonte: Jornal Acção Socialista

Idália Moniz apresenta projecto DOM - ACOLHIMENTO DE MENORES EM RISCO

Dotar as instituições de acolhimento de menores em risco com mais técnicos é o objectivo central do projecto DOM – Desafio Oportunidade e Mudança, cuja fase experimental arrancará, com dez centros, até final deste ano, segundo anunciou, no Porto, a secretária de Estado adjunta e da Reabilitação, Idália Moniz. O DOM, que prevê a elaboração de um projecto individual de vida para cada criança, será alargado a mais instituições uma vez concluída a avaliação das dez experiências-piloto e se os resultados destas forem positivos. Segundo Idália Moniz, que falava na sessão de abertura do seminário “A função das instituições de acolhimento na sociedade actual”, o projecto que será liderado pelo Instituto de Segurança Social vai “fortalecer tecnicamente as instituições envolvidas e apoiá-las na sua organização e funcionamento”. A secretária de Estado adiantou que, em Novembro, haverá uma fase de diagnóstico das necessidades de cada entidade e só depois serão propostas as equipas multidisciplinares. Insistindo na ideia de que estes centros de acolhimento não podem funcionar numa lógica de grupo, a governante frisou que “cada criança tem que ser encarada com o seu percurso individual, que tem que ser tratado”. Idália Moniz lembrou que, no final de 2005, apenas 45 por cento do total de crianças institucionalizadas tinham planos de intervenção imediata. Actualmente, garantiu, este número subiu significativamente, atingindo os 89 por cento. Fonte: Jornal Acção Socialista

quarta-feira, 8 de novembro de 2006

Centro Cultural Município do Cartaxo - “Paintings”

“Paintings” é o título da primeira exposição de um artista não português no Centro Cultural, mais uma vez em parceria com a Galeria Salgadeiras de Lisboa. “Paintings” da autoria da alemã Friederike Just consiste numa mostra dos trabalhos mais representativos desta autora, desenvolvidos nos últimos 5 anos. O conjunto de telas a óleo, apresentados nesta exposição, permitem-nos descobrir algum do universo plástico desta pintora. Um universo onde a figura humana constitui o tema central, seja em episódios do quotidiano, seja em referências históricas e culturais. Um universo representado com uma componente expressionista contemporânea e crítica, recorrendo a um gesto intenso e de enorme vitalidade.
A exposição será inaugurada no próximo sábado, dia 11 de Novembro, às 18 horas, com a presença da pintora alemã Friederike Just.

segunda-feira, 6 de novembro de 2006

Miguel faz de mim o "Tio Pedro"

Já chegou o primeiro sobrinho. Nasceu às 15h20m, chama-se Miguel e pesa 3,930 Kg...coitadinha da minha irmã!
Como podem ver pela foto é um bébé lindo. Foi esta a forma original que a família encontrou para se associar às Comemorações dos 150 anos de Marcelino Mesquita: fazer de mim um "Tio Pedro"....
Nota: "O Tio Pedro" é uma peça de teatro de Marcelino Mesquita datada de 1902.

sexta-feira, 3 de novembro de 2006

É urgente a criação de "pólos de competitividade" no Vale do Tejo

Não chega, hoje, fazer bem o que tradicionalmente já fazíamos. No actual contexto de um mercado global e potencialmente competitivo, importa, antes na escolha das estratégias de desenvolvimento empresarial, privilegiar os processos produtivos baseados na inovação tecnológica de base científica. Daí que, cada vez mais as regiões, face aos novos desafios da mobilidade e da competitividade inter-regional, procurem nos seus territórios identificar e consolidar novas vantagens relativas que lhes garantam acrescidas competitividades, atraiam e potenciem novos investimentos e que, por sua vez, cativem actividades de maior valor acrescentado. É assim que, em certa medida, no seguimento dos conhecidos Pólos de Crescimento de F. Perroux, têm ultimamente surgido, particularmente em França, os apelidados “Pólos de Competitividade”, com a dupla finalidade de promover uma nova dinâmica industrial alicerçada num desenvolvimento regional competitivo, e simultaneamente introduzir uma dinâmica de desconcentração territorial das actividades produtivas com maior especialização. Programaticamente, um Pólo de Competitividade pode ser considerado como a articulação num território, de empresas, centros de formação e unidades de investigação empenhadas na dinamização de uma parceria capaz de potenciar sinergias em redor de projectos comuns com carácter inovador e dispondo de massa crítica necessária à obtenção de visibilidade internacional. Ou seja, uma das bases essenciais destes Pólos, assenta nas sinergias a desenvolver entre os diversos agentes de desenvolvimento locais, especialmente nas parcerias público/privadas que lhes estão subjacentes, nomeadamente entre o Estado, Municípios, Associações Empresariais, Universidades e Centros de Investigação. O Vale do Tejo, constitui uma das regiões portuguesas onde se têm verificado algumas experiências bem sucedidas de parcerias deste tipo, se bem que, por vezes, sem a profundidade e continuidade necessárias. Por essa razão, reconhecendo-se a inegável apetência organizacional da região, valerá a pena encetar novas experiências de parcerias, não tanto já na concretização de projectos pontuais, mas sim em investimentos tecnológicos de perfil mais ambicioso e com forte incidência regional. Dentro desta estratégia, e tomando sobretudo como exemplo o caso francês, julgamos que a criação de pólos territoriais de competitividade, de carácter tecnológico ou industrial, tendo em conta as vocações, as vantagens relativas do Vale do Tejo, e fundamentalmente, explorando os seus clusters de maior valor acrescentado e de acrescidas competitividades, deve constituir uma nova e estimulante ambição para os agentes de desenvolvimento da região. Importa não perder de vista, que no novo contexto do mercado global, as potencialidades de uma região ganham uma dimensão acrescida, quando se equacionam questões como a competitividade e o emprego. Daí, ser cada vez mais necessário a especialização de um território em torno de determinadas actividades de acordo com as suas características próprias. No caso do Vale do Tejo é sobejamente conhecido que esta região dispõe de invejáveis recursos hídricos, de solos de elevada qualidade, de uma densa mancha florestal, apresentando para lá de um elevado potencial agrícola, condições muito favoráveis ao desenvolvimento de um competitivo sector agro-industrial. Perante este conjunto de vocações, recursos endógenos e vantagens locativas, poder-se-á facilmente prospectivar para o território do Vale do Tejo alguns pólos de competitividade baseados, particularmente, nas seguintes “âncoras de desenvolvimento”: · Criação de um Eixo Industrial que ligue os concelhos de Abrantes no Médio Tejo e Ponte de Sor no Alentejo, por forma a dar origem a um importante pólo industrial no centro do País, com base nas indústrias de fundição, do automóvel e da aeronáutica. A recente criação do Tagusvalley em Abrantes poderá constituir um importante equipamento para a consolidação deste pólo de competitividade. · Desenvolvimento de um importante pólo empresarial e de conhecimento, em torna da Enologia e das indústrias do vinho, num eixo agrícola “de excelência” formado pelos territórios dos municípios de Cartaxo, Santarém, Almeirim e Alpiarça. · Aposta no potencial turístico, alargando-o para além do turismo religioso, para novos segmentos, como o histórico-cultural centrado em Tomar e nos Templários, para o aproveitamento de Rotas temáticas (Vinho, Castelos, Cavalo, etc.), e para as novas formas de turismo em espaço rural. · Criação de um pólo de competitividade, agrupando agro industriais, Escola Superior Agrária, Escolas de Gestão, Centros Profissionais, Centro de Investigação Animal, Estação Zootécnica Nacional e outras entidades ligadas à actividade alimentar, numa mancha territorial englobando os concelhos de Rio Maior, Cartaxo, Santarém. Alpiarça e Almeirim. · Criação de um pólo de desenvolvimento agrícola no Vale do Sorraia, potenciando a vertente industrial, com base nas potencialidades de culturas de regadio, com especial destaque para o arroz, e para a requalificação e valorização da cortiça. Ou seja, e em síntese, se ambicionamos o Vale do Tejo como um território competitivo, mais qualificado, como uma “região de “excelência”, não se poderá mais ignorar que o aproveitamento dos seus “Clusters” interligados em Pólos de Competitividade, ocupa hoje um lugar preponderante e insubstituível, na interacção entre a política industrial, o nível de inovação tecnológica e uma política de desenvolvimento regional sustentável e integrado. Texto de Renato Vieira Campos

terça-feira, 31 de outubro de 2006

Educação: Governo e professores terminam negociações

Os sindicatos de professores e o Ministério da Educação encerram esta terça-feira o polémico processo negocial de revisão do Estatuto da Carreira Docente, mas as organizações prometem manter a contestação e ponderam accionar mecanismos de negociação suplementar. Desde o final de Maio, altura em que se iniciaram as negociações, a tutela apresentou quatro propostas e os sindicatos 16, uma cada um e duas conjuntas, sem nunca ter sido alcançado um acordo. Cinco meses depois, o processo negocial termina esta terça-feira nesse impasse. As organizações sindicais acusaram o Ministério da Educação (ME) de «intransigência e inflexibilidade» ao longo de todo o processo negocial, que classificaram como uma «autêntica farsa», alegando que a tutela não cedeu em nenhum dos principais pontos da discórdia. A divisão da carreira em duas categorias (professor e professor titular) e a introdução de quotas para aceder à segunda e mais elevada são os aspectos mais contestados pelos docentes, assim como a avaliação de desempenho dependente de critérios como a apreciação dos pais e os resultados escolares e taxas de abandono dos alunos. Perante a ausência de um acordo e a consequente «imposição» do Estatuto da Carreira Docente (ECD) proposto pelo Ministério, os sindicatos já prometeram continuar os protestos e solicitar a intervenção do Presidente da República, dos grupos parlamentares, do Procurador-Geral da República e do Provedor de Justiça. Depois de reuniões conjuntas com as 14 organizações que formam a plataforma sindical, a última ronda negocial decorre esta terça-feira segundo o modelo original, com os sindicatos divididos por quatro mesas negociais. O novo ECD, que o ministério quer aplicar a partir de 1 de Janeiro, já motivou duas greves nacionais e duas manifestações, a última das quais a 5 de Outubro, Dia Mundial do Professor, que reuniu em Lisboa mais de 20 mil docentes. Fonte: Revista Visão (versão on-line)

sexta-feira, 27 de outubro de 2006

Ministra da Cultura anuncia fim das capitais nacionais da cultura

A ministra da Cultura, Isabel Pires de Lima, anunciou o fim da organização das capitais nacionais da Cultura. Durante o debate do Orçamento do Estado na generalidade, no Parlamento, a ministra justificou a sua decisão com o facto de aqueles projectos não terem contribuído para a formação e fidelização de público. Segundo as palavras da ministra, "não houve retorno" do investimento feito. "As cidades não se renovaram através da cultura", afirmou. A ministra disse que é preferível canalizar os dinheiros públicos para apoios estruturantes, nomeadamente para o programa Território/Artes, que será anunciado em breve, e para a rede bibliográfica. Quanto às artes, a governante anunciou um aumento de 1,2 milhões de euros, em apoios financeiros. Ministra defendeu "política de racionalização" Ainda durante o debate, a ministra defendeu no Parlamento "uma política de racionalização" na execução do seu orçamento para 2007, em que se prevê um corte de sete por cento relativamente a 2006. A governante contestou as questões levantadas pela oposição, salientando que este "é um orçamento solidário e de contenção". A oposição, por seu turno, qualificou-o como "o mais baixo orçamento para a Cultura nos últimos sete anos", segundo os deputados Sérgio Vieira (PSD) e Teresa Caeiro (CDS-PP).
O orçamento do Ministério da Cultura para 2007 prevê uma redução da despesa de 17,7 milhões de euros em relação a 2006, descendo de 254,5 milhões para 236 ,8 milhões de euros.
Fonte: Jornal Público

terça-feira, 17 de outubro de 2006

Feira dos Santos/ExpoCartaxo 2006

Uma visão empresarial sobre o Vinho e os novos programas destinados a jovens empreendedores vão marcar a edição deste ano da ExpoCartaxo, de 27 de Outubro a 1 de Novembro, no pavilhão municipal de Exposições do Cartaxo. Uma iniciativa conjunta da Câmara Municipal do Cartaxo com o Nersant- Núcleo Empresarial do Distrito de Santarém apresentada ontem, pelas 18 horas, na Quinta das Pratas, no Cartaxo. A Autarquia fez-se representar pelo Dr. Pedro Ribeiro e pelo Eng. Francisco Casimiro e o Núcleo Nersant Cartaxo, pelo seu presidente, Jorge Pisca. Este ano, a ExpoCartaxo é dedicada às gerações futuras de empresários, tendo em vista a formação de jovens quadros na gestão e inovação das PME’s - Pequenas e Médias Empresas. Neste sentido, no decorrer da Feira-mostra, vai realizar-se a 31 de Outubro, pelas 17h30 m no auditório da Quinta das Pratas, o Seminário sobre o projecto INOVEMPRESA, promovido pelo Nersant, no âmbito do Programa INOV-JOVEM, uma das medidas inseridas no Plano Tecnológico. À semelhança de anos anteriores, o núcleo do Cartaxo do Nersant organiza o "Dia Aberto às Empresas", iniciativa que será concretizada na segunda-feira, 30 de Outubro e que consiste numa visita dos representantes das diversas entidades e instituições locais aos várias expositores e empresas a laborar no concelho do Cartaxo, numa tentativa de aproximar o poder local da oferta empresarial. A ExpoCartaxo decorre em simultâneo com a Feira dos Santos, certame de cariz popular de tradição centenária no concelho e nesta 8ª edição contará com várias iniciativas de cariz lúdico e cultural, todas no pavilhão municipal de exposições. Assim, cabe ao Rancho Folclórico da Lapa inaugurar a EXPOCARTAXO na sexta-feira, 27 de Outubro, logo seguido de uma passagem de Modelos da Casa das Peles no dia 28, pelas 21 horas. Depois será a vez no Domingo, pelas 16 horas, de actuar o Rancho Folclórico de Vila Chã de Ourique e pelas 21 horas, a Banda da Sociedade Filarmónica Incrível Pontevelense. Na segunda – feira, dia 30, sobe ao palco o Racho Folclórico de Vale da Pedra, pelas 21h30 e no dia seguinte, toca a Banda Filarmónica de Vale da Pinta, às 22 horas. O fecho está reservado para o Rancho Folclórico da Ereira na 4ª feira, 1 de Novembro, pelas 15 horas, antes da Tourada, agendada para as 16 horas e da actuação do Grupo Romeno às 17 horas. A Prova Conduzida de Vinhos vai realizar-se no Domingo, dia 29 de Outubro, orientada pelo Engenheiro Mário Louro e subordinada ao tema “Vinhos Especiais”, no Centro de Promoção Vitivinícola da Quinta das Pratas. A cerimónia de entrega dos “Prémios Prestígio 2005” visa distinguir a Empresa e o Empresário que se destacaram durante o ano transacto no concelho do Cartaxo e será feita na Quinta das Pratas, seguida de jantar, na terça-feira, 31 de Outubro. O certame encerra com a entrega de diplomas de participação aos Expositores, no Dia de Todos os Santos.
Fonte: GIC/CMC

domingo, 15 de outubro de 2006

Rainha das Vindimas 2006

A concorrente da Lapa, Vania Berto foi coroada “Rainha das Vindimas de 2006” numa eleição que juntou sete concorrentes representantes das freguesias do concelho do Cartaxo, na noite do passado sábado, dia 14 de Outubro, no Ateneu Artístico Cartaxense. O público não faltou ao espectáculo que elegeu ainda, Mónica Branco, de Pontével como 1ª Dama de Honor e Ana Rute Reis, do Cartaxo como 2ª Dama de Honor. A representante do Cartaxo, Ana Rute Reis conquistou ainda o “Prémio Simpatia” e a concorrente de Pontével, Mónica Branco vestiu aquele que foi considerado pelo júri como o “Melhor Traje Regional”. A eleição foi dedicada este ano, à vida e às paixões de Marcelino Mesquita e integrada nas Comemorações Oficiais dos 150 anos do Nascimento do Dramaturgo. Por motivo de doença da candidata, a única freguesia não representada na 19ª edição do concurso, foi Vale da Pinta, todas as outras marcaram presença. A Ereira fez-se representar por Sophie Gomes, Vale da Pedra por Madalena Cesteiro, Valada por Raquel Estêvão e Vila Chã de Ourique por Inês Amaro. O concurso tem por objectivo eleger a concorrente que vai representar o concelho em todas as iniciativas locais, estimulando a sua participação na vida activa municipal, proporcionando o contacto com as populações e melhorar a sua aprendizagem pessoal sobre a região em que vive. Para além de várias lembranças oferecidas pelo comércio local, as concorrentes eleitas recebem um prémio monetário simbólico, oferecido pela Câmara Municipal do Cartaxo, no valor de 400 euros para quem foi eleita a Rainha das Vindimas, de 300 euros para a 1ª Dama de Honor e de 200 euros para a 2ª Dama de Honor. Dado o sucesso desta iniciativa, que já se realiza há dezanove anos consecutivos, a autarquia começou já a preparar a edição de 2007, ano em que a “Rainha das Vindimas” vai celebrar a vigésima edição.

quinta-feira, 7 de setembro de 2006

Recepção aos Professores - Ensino da Música e Desporto nos Jardins-de-Infância Públicos

A recepção para os professores, educadores e demais intervenientes na área da educação, para o ano lectivo 2006/2007, voltou a encher o Auditório Municipal. Nesta cerimónia, como já vem sendo hábito, o Município dá as boas-vindas a todos os agentes educativos do nosso concelho, homenageia os professores/educadores que completaram 25 anos de ensino no nosso concelho e premeia os melhores alunos do secundário nas diversas áreas de estudo. As principais novidades apresentadas para o ano lectivo 2006/2007, na área da educação, são as actividades do plano de enriquecimento curricular para o 1.º ciclo e a definição de normas de funcionamento dos serviços de apoio à família nos jardins-de-infância da rede pública do Concelho do Cartaxo. No que diz respeito ao 1.º ciclo, para além da oferta do ensino do inglês (que este ano passa a abranger os 4 anos do 1.º ciclo de ensino básico), teremos educação física, música e apoio ao estudo (esta oferta a cargo dos Agrupamentos de Escolas). Quanto ao pré-escolar, pela primeira vez foi alcançado um acordo com todas as Juntas de Freguesia com jardins-de-infância da rede pública do Concelho do Cartaxo (todas as Freguesias excepto Cartaxo e Ereira), no sentido de harmonizarmos horários, preços e condições de acesso nos serviços de apoio à família (alimentação e actividades de complemento de horário). Assim, independentemente do jardim-de-infância da rede pública que se frequente, todas as crianças terão as mesmas condições de acesso e, para as famílias que solicitem actividades de complemento de horário (vulgarmente conhecidas como "prolongamento"), incluído no preço estarão 2 ofertas educativas: música e educação física. Estas actividades operacionalizadas pelas juntas de freguesia seguiram a orientação pedagógica dos Agrupamentos de Escolas em articulação com a Câmara Municipal. As normas têm, ainda, por objectivo clarificar as principais questões relativas à organização e funcionamento dos serviços de apoio à família – alimentação e complemento de horário – nos jardins-de-infância da rede pública do concelho do Cartaxo, procurando contribuir para uma melhor definição das competências de cada um dos intervenientes no processo – Câmara Municipal, Juntas de Freguesia, Agrupamentos de Escolas e Pais e Encarregados de Educação das Crianças – e das regras procedimentais específicas da realidade concelhia. Na elaboração destas normas foram ouvidos os conselhos executivos do Agrupamento D. Sancho I e do Agrupamento Marcelino Mesquita e as Juntas de Freguesia. Estas normas e a sua prática serão um ponto de partida para a implementação de uma proposta de regulamento municipal a apreciar, nos termos da Lei e até ao final do ano, pelos órgãos autárquicos competentes.

sexta-feira, 1 de setembro de 2006

Sessão Solene de Abertura das Comemorações dos 150 Anos do Dramaturgo Marcelino Mesquita

Discurso de Abertura das Comemorações Sua Excelência o Secretário de Estado da Cultura, Dr. Mário Vieira de Carvalho, Exmo. Sr. Adjunto do Governador Civil do Distrito de Santarém, Dr. Pedro Ribeiro, Exmo. Sr. Presidente da Assembleia Municipal do Cartaxo, Dr. António Gois, Exmo. Sr. Coordenador da edição da Obra Completa de Marcelino Mesquita da Imprensa Nacional Casa da Moeda, Dr. Duarte Ivo Cruz, Caros Dr. Renato Campos e Dr. Francisco Pereira, antigos Presidentes desta Câmara, Exmos. Senhores Vereadores, Presidentes de Junta de Freguesia e demais autarcas de Município e Freguesia, Comissão Marcelino Mesquita, Autoridades policiais, dirigentes associativos, docentes e demais convidados, Órgãos de comunicação social,
Caros amigos, Quero em primeiro lugar cumprimentar respeitosamente e agradecer a Sua Excelência o Secretário de Estado da Cultura, que quis ter para com o Município do Cartaxo a generosidade de com a sua presença distinguir a personalidade do Teatro que estamos a homenagear. Quero saudar igualmente todos os que nos honram com a sua presença e o seu interesse. A decisão de comemorarmos os 150 anos de nascimento do dramaturgo Marcelino Mesquita corresponde à exigência, sentida, que se faça da cultura e da educação os grandes pontos de apoio em que o nosso desenvolvimento deve assentar. São estas as matérias-primas que definirão a riqueza dos povos e das nações. O que conta, cada vez mais, são as pessoas e a sua cultura. Penso que, nos tempos actuais, não há tarefa mais urgente do que a educação e a cultura. Ninguém duvida que a sociedade do século XXI terá como elementos essenciais o conhecimento, a criatividade e a inteligência. Quero aqui, diante de vós, exprimir publicamente o mais vivo reconhecimento à Comissão Marcelino Mesquita que tenho a honra de presidir, constituída pelo Dr. António Filipe Rato, Dr. Aurélio Marques, Dr. Miguel Leal, Dr. Pedro Mendonça, Dr. Rogério Coito, Dr. Rui Pedro Gonçalves e Dr.ª Zelinda Pêgo, pela forma voluntária, abnegada, empenhada e inteligente com que têm desempenhado as suas funções. Desde a primeira reunião da Comissão, a 16 de Janeiro deste ano, que registo o brilho e a dedicação invulgares, a competência e a disponibilidade, proporcionando, sempre, um ambiente de trabalho criativo e participativo. Quero também, de forma muito especial, manifestar o meu profundo reconhecimento à Dr.ª Filipa Casqueiro, revisora deste trabalho, ao Sr. Sérgio Claudino, responsável pela capa, ao Sr. João Pereira, da gráfica Corpo 8 e à Professora Emília Palhinha, presidente do Júri do Concurso Logotipo, pelo interesse e empenhamento demonstrados na edição desta obra. Uma referência, também, para o trabalho empenhado da Dr.ª Joana Vergas e da Dr.ª Ana Ribeiro no acompanhamento e operacionalização dos trabalhos da Comissão. A prontidão e eficácia desta vasta equipa de trabalho foram fundamentais para que a obra fosse publicada num espaço de tempo que respondesse ao arranque oficial das Comemorações. Realço, também, a mobilização, efectuada pela Comissão, de instituições e diversos agentes de desenvolvimento cultural para as comemorações da efeméride: Escola Secundária do Cartaxo, Agrupamentos de Escolas D. Sancho I e Marcelino Mesquita, movimento associativo cultural – com particular destaque para os grupos cénicos do nosso concelho – , Museu Nacional do Teatro, Teatro Nacional D. Maria II, Escola Superior de Teatro e Cinema, autarcas de Município e de Freguesia, entre outros. Deste conjunto de contactos e reuniões de trabalho, resultou um programa de comemorações que teve como principal preocupação, divulgar a obra do dramaturgo, com particular enfoque junto dos mais jovens e do movimento associativo cultural que trabalha na área do Teatro. Evidencio, nas actividades propostas, o envolvimento de todo o universo educativo com a implementação do “Prémio Marcelino Mesquita”; o envolvimento dos grupos cénicos no “I Festival de Teatro Amador Marcelino Mesquita”; o envolvimento de toda a comunidade através da “Recriação Histórica – Marcelino Mesquita” e dos “Passeios Marcelinianos”, onde propomos a descoberta da vida de Marcelino Mesquita; e, entre outras iniciativas, o encerramento das Comemorações com a publicação de um livro sobre os “Amadores de Teatro Marcelino Mesquita”, grupo cénico que, em 2007, comemora 50 anos de existência. A publicação que hoje apresentamos pretende contribuir para um conhecimento mais aprofundado de Marcelino Mesquita. Penso ser oportuno referir que não existe a pretensão de, no conjunto destes cinco textos, esgotar os temas relevantes na vida e obra do dramaturgo, embora estes sejam indiscutivelmente fulcrais. Tornando estes contributos, deste modo, acessíveis à leitura e à ponderação de todos, é possível alargar o debate e a reflexão que eles suscitam. Não podia, creio eu, haver melhor entendimento do propósito que anima a comemoração desta efeméride: fazer dela um ponto de convergência, que reuna vozes e valores para a reflexão e para o debate de ideias; e um ponto de partida de onde essa reflexão possa ser partilhada e enriquecida por outros interessados. Exmo. Senhor Secretário de Estado, Minhas Senhores e Meus Senhores, Comemorar Marcelino Mesquita é, de facto, prestar homenagem a uma grande figura do teatro português. O conhecimento das raízes, próximas ou longínquas, daqueles que elevaram o nome do nosso concelho, deve estar na base de uma vigilância lúcida face aos problemas que se nos colocam hoje e aos desafios que nos aguardam. Vigilância lúcida que, fiel à memória de Marcelino Mesquita, deve converter-se em capacidade crítica, em intervenção responsável, em desejo de contribuir para um destino comum. O teatro é desde a Antiguidade Grega, um dos mais reconhecidos testemunhos da nossa cultura e da nossa civilização. Atrevo-me a dizer que o teatro tem sido, quase sempre, o ponto de partida para as grandes mudanças e rupturas sociais do nosso tempo e uma mensagem de esperança na capacidade de regeneração da condição humana. Também por estas razões, comemorar Marcelino Mesquita é saudar com muita admiração e simpatia todos os que no nosso concelho trabalham no teatro e para o teatro, muitas vezes em situações de escassez de recursos, fazendo sempre prevalecer o seu amor à arte. No nosso concelho, nos últimos anos, demos um salto qualitativo em termos de equipamentos sociais depois de supridas outras necessidades. No âmbito da cultura, para além do apoio às colectividades temos desde o ano passado um Centro Cultural que inaugurou uma nova fase na vida cultural do nosso concelho, representando para as associações culturais um desafio e um salto qualitativo nas condições do seu trabalho de formação artística e na apresentação dos seus espectáculos. O próximo desafio na área da cultura é a construção da nova Biblioteca Municipal, que se encontra em fase de discussão com o Instituto Português do Livro e da Biblioteca. Solicitamos, nesse sentido, o apoio do Governo na comparticipação desta infra-estrutura que irá possibilitar, naturalmente, uma melhor política de difusão do livro, o reforço da ligação às bibliotecas escolares e, em simultâneo, permitirá dar um outro destino, na área da cultura, à biblioteca municipal Marcelino Mesquita que comemora a 2 de Dezembro deste ano, 50 anos. Tal como a estátua aqui na Praça 15 de Dezembro, foi inaugurada no âmbito das comemorações do centenário do dramaturgo. Para finalizar, comemorar Marcelino Mesquita é, também, renovar os valores da liberdade, da abertura ao que é diferente e novo. No caminho do estimulo ao conhecimento e dos valores da cidadania que Marcelino percorreu, vamos, com toda a certeza, continuar a construir esta obra humanista sempre inacabada: um concelho que continue a representar para as gerações vindouras, uma terra com tradições, de gente de trabalho, onde existe sempre espaço para a inovação e criatividade. Viva a memória de Marcelino Mesquita!

quinta-feira, 20 de julho de 2006

À Conversa com Mário Zambujal

A iniciativa “À conversa com...” que teve como convidado Mário Zambujal, permitiu-me retirar duas conclusões: a primeira referente ao facto de existir público no nosso concelho interessado neste tipo de iniciativas de âmbito cultural que visam promover o debate, a reflexão, o conhecimento. Foram muitos aqueles que visitaram o excelente espaço comercial que a Livraria Camões oferece. Realço, neste ponto, o excelente acolhimento a esta iniciativa, proporcionado pelo Sr. António Simões, gerente deste espaço. Parece-me importante que este tipo de iniciativas, até agora centradas na Biblioteca Municipal, possam ser realizadas em espaços menos institucionais, mais informais. A promoção do livro e da leitura passa também pela realização deste tipo de parcerias. A segunda conclusão tem a ver com a personalidade escolhida. Mário Zambujal, que comemorou este ano o 70.º aniversário, transmitiu-nos parte da sua vasta experiência profissional em prol da cultura e do jornalismo português. Mas, mais do que isso, conquistou toda a plateia pela simpatia, pelo excelente comunicador que é, e, acima de tudo, pelo aquele sorriso cativante que se guarda dos tempos em que apresentava um programa desportivo na RTP1. Mário Zambujal apresentou o livro com que comemora os 70 anos, “Primeiro as Senhoras”, com sessão de autógrafos. Dados Biográficos de Mário Zambujal Autor de ficção, não leva esta actividade muito a sério, apesar dos dificilmente ignoráveis êxitos. Considera, por exemplo, o seu primeiro livro, Crónica dos Bons Malandros, "um trabalho de jornal que por acaso é ficção". Iniciou-se como jornalista profissional em A Bola, em 1961, e é apresentado como tal que, sem dúvida, melhor se sente. Costuma dizer que a história da sua vida se resume a anotar as etapas a partir dos jornais por onde passou. E foram muitos. Se tinha vinte e cinco anos quando entrou para A Bola, sete anos mais tarde ingressou no Diário de Lisboa, que deixou no ano seguinte (1968), trocando-o pelo Record, então dirigido por Artur Agostinho. Em 1970 entra para O Século, onde no 25 de Abril de 1974 era chefe de redacção; manteve-se nestas funções de chefia até meados de 75, altura em que assumiu a direcção do Mundo Desportivo ("fui-me embora para as Berlengas", segundo as suas palavras). A convite de Vítor Cunha Rego, transitou para chefe de Redacção do Diário de Notícias, após os acontecimentos do 25 de Novembro. O Sete, de que foi o primeiro director, foi a experiência seguinte, e depois o trabalho na televisão, integrando actualmente o quadro da RTP. Incursão muito notada igualmente na rádio, no programa "Pão com Manteiga" (de que foi co-autor dos textos posteriormente reunidos em livro). Assume igualmente a co-autoria de alguns textos de teatro de revista como "Não Batam Mais no Zézinho", "Isto É Maria Vitória" ou "Toma Lá Revista". Quanto aos seus livros de ficção, Crónica dos Bons Malandros (1980), que seria objecto de adaptação cinematográfica, é um percurso trágico-burlesco pelo mundo da marginalidade lisboeta, pela precaridade quotidiana dos vigaristas de pacotilha que sonham com "o grande golpe" que os arranque do pequeno submundo anónimo. Em Histórias do Fim da Rua, segundo livro de ficção editado três anos mais tarde, Mário Zambujal entrelaça histórias que têm a ver com a Rua de Trás, em demolição, sacrificada a um "progresso" protagonizado por especuladores imobiliários e, simultâneamente, por um casal - Nídia e Sérgio -, perfis muito característicos de uma perfeita dissolução, tanto no que diz respeito a uma geografia urbana como a uma relação sentimental com dez anos de vida. O seu terceiro livro, publicado outros três anos mais tarde, intitula-se À Noite Logo se Vê e retomou o sucesso do primeiro, distanciando-se do relativo silêncio votado ao anterior. Quanto ao argumento, é exposto de rompante, logo na página 4: "No tempo inteiro de quatro anos, quatro, não nasceu nenhuma criança, uma que fosse, menino ou menina, na aldeia do Roseiral" e Mino Miralva, narrador de muitas histórias, começa a investigar. De resto, o autor continua a considerar-se como um jornalista que escreve para se divertir, com um humor infantil, matreiro, marcado por uma linguagem ágil e cheia de um humor genuíno e fresco, e uma prosa despretensiosa e criadora de personagens que só por si constituem todo um universo ficcional: "O Cacildo Tavares, sacrificado repórter da velha guarda", ou o "imparável fura-vidas Jacinto Rebite" são exemplos que fazem do último romance de Mário Zambujal, como disse uma crítica conceituada, "a fantástica recuperação de um risco que andava por aí perdido". Principais Títulos Crónica dos Bons Malandros, (1980) Histórias do Fim da Rua (1983) À Noite Logo se Vê (1986) Os novos mistérios de Sintra (2005) Primeiro as Senhoras (2006)

quinta-feira, 29 de junho de 2006

Noite de Poesia - Evocação a David Mourão-Ferreira e contemporâneos

No âmbito da Festa do Livro e da Leitura a decorrer na Biblioteca Municipal Marcelino Mesquita entre os dias 21 de Junho e 2 de Julho, irá realizar-se amanhã, sexta-feira, pelas 21h30m mais uma noite de poesia.

No ano em que se assinala o 10.º aniversário do desaparecimento de David Mourão-Ferreira, a nossa escolha, para esta Noite de Poesia, recaiu na evocação da sua obra e de outros poetas contemporâneos. Organizado pelo Pelouro da Cultura, esta evocação teve, na sua organização, a colaboração voluntária da Dr.ª Ana Blazer.

Esperamos por si amanhã à noite na Biblioteca Municipal Marcelino Mesquita. Não se esqueça de trazer um poema para partilhar connosco. Mesmo que não seja da sua autoria. Até amanhã!

quarta-feira, 14 de junho de 2006

Centro Cultural - A qualificação do espaço urbano como caminho para a modernidade cultural

1. A partir do acto inaugural, a 10 de Junho de 2005, o concelho do Cartaxo e a nossa região passaram a contar com um equipamento cultural da maior importância. A aposta numa equipa jovem e versátil para dinamizar o Centro Cultural tem sido fundamental para valorizar e potenciar as suas diversas valências, num conjunto de importantes e marcantes espectáculos já realizados. No balanço de um ano de actividade, penso ser consensual constatar que o Centro Cultural – Município do Cartaxo tem sido um centro irradiador e um pólo de atracção nacional e internacional, reforçando, assim, a ligação do nosso concelho aos movimentos culturais contemporâneos. Neste ano, o Centro Cultural apresentou 17 peças de teatro, 16 espectáculos para a infância, 13 de música, 9 de dança, 2 de novo circo, 5 actividades no âmbito dos serviços educativos, 5 exposições de arte contemporânea, 5 eventos temáticos e exibiu 72 filmes; um total de 174 actividades que alcançaram 21.183 espectadores. Em simultâneo, tem funcionado em articulação com outros equipamentos culturais do nosso país, nomeadamente, com os equipamentos culturais da Artemrede – Associação de Municípios da Região de Lisboa e Vale do Tejo. 2. Julgo que o Centro Cultural inaugurou uma nova fase na vida cultural do nosso concelho, representando para as associações culturais um desafio e um salto qualitativo nas condições do seu trabalho de formação artística e na apresentação dos seus espectáculos.
O Centro Cultural permite-nos que olhemos o futuro ainda com mais esperança e determinação, pelo que representa em todas as suas valências culturais, artísticas, educativas e pedagógicas, nomeadamente, na prossecução de um programa de formação de novos públicos. Ao encontro dos propósitos já enunciados, o Centro Cultural tem sido um projecto aberto ao que de mais inovador e qualificado se faz no domínio da criação e da divulgação artística. É, por isso, que verifico, com agrado, que é um projecto assente numa parceria sólida e estável entre a autarquia, o associativismo local, o universo educativo, os movimentos culturais contemporâneos e toda a nossa comunidade. 3. A qualificação dos espaços urbanos, particularmente os centros urbanos, é uma temática emergente das novas políticas de desenvolvimento local. A transformação dos centros das cidades interroga, com pertinência, o papel que esses lugares de memória colectiva podem ocupar face a fenómenos como a inovação urbana, a revalorização dos novos espaços, a competição com as novas centralidades, a multiculturidade crescente dos cidadãos, a transformação dos modos de vida e a transformação arquitectónica, cultural e política da cidade moderna. Ora, é assim que as abordagens mais qualitativas da cultura na cidade, associadas à temática da qualidade de vida, reemergem com vigor, centradas para os espaços e, essencialmente, para as pessoas. É assim que devemos olhar para o Centro Cultural: como um ponto de partida para a modernidade assente nos valores humanistas. Parece-me importante que o extraordinário edifício idealizado pelo génio criador dos arquitectos Cristina Veríssimo e Diogo Burnay seja olhado como um símbolo deste projecto: arrojado e plural. É, aliás, fundamental que este novo enriquecimento arquitectónico da cidade do Cartaxo seja entendido e valorizado como tal, enquanto elemento que norteie a capacidade de renovação do património edificado do nosso concelho. A este propósito saliento duas referências extraordinárias ao Centro Cultural: a primeira tem a ver com o facto de a Ordem dos Arquitectos Portugueses ter escolhido este edifício para capa do seu Anuário e de dedicar várias páginas ao seu projecto; a segunda é referente ao facto da conceituada revista holandesa A10 New European Architecture, na edição n.º 8, ter atribuído a capa e as páginas centrais ao Centro Cultural Município do Cartaxo, destacando-o, por essa via, como uma das obras de referência da nova arquitectura europeia. A tudo isto, que por si são suficientes para reforçar a amplitude da imagem que este equipamento confere ao nosso concelho, acresce o facto de ser inédito, nesta revista, uma obra portuguesa fazer a sua capa. 4. Penso que é altura de olhar para a frente, sabendo recuperar e reforçar o dinamismo e a ambição. É o momento de dizer que, daqui para diante, não há outra maneira de olhar para o Centro Cultural a não ser aquela que espera que o seu prestígio não pare de se consolidar e que a sua acção não cesse de se distinguir pela qualidade. Consolidar um projecto aberto ao concelho que contribua para que o concelho esteja aberto a todos, e que seja uma referência nacional de prestigio e qualidade cultural. Façamos todos do Centro Cultural um grande lugar de vida, de educação, de cultura e de universalidade.

quarta-feira, 17 de maio de 2006

Direitos ao Assunto: A seca política!

1º Num relatório publicado pelo Instituto de Meteorologia e apresentado no Instituto da Água, aquele organismo escreveu o seguinte: “Em 31 de Março de 2006, a situação de seca terminou em quase todo o território (82% em situação normal a chuva fraca). No entanto, no Nordeste Transmontano e em parte do Alentejo e Algarve (região de Faro) ainda permanece a situação de seca fraca (18%). Em relação a 28 de Fevereiro verificou-se um desagravamento da situação de seca.” São muito boas notícias que aquele instituto nos deu. A situação de 2004 e 2005 foi severa e extremamente penosa para todos, nomeadamente para a agricultura. Algumas autarquias fecharam fontes, lagos artificiais, e “repuxos” de forma a solidarizara-se com toda a população que deixou de tomar banhos prolongados; que começou a usar a água da lavagem dos legumes na cozinha para regar as flores; que começou a regar as suar hortas durante a madrugada ou à noite para evitar a evaporação; etc. 2º Todo o município deve ter um regulamento de serviços camarários que contemple a regulamentação dos espaços verdes. Alguma coisa parecida com isto: Ao Sector de Espaços Verdes compete, entre outras as seguintes funções: Assegurar a manutenção e conservação dos jardins e espaços verdes públicos; Promover a arborização, o arranjo e as utilizações das áreas de cedência e espaços envolventes das urbanizações; Promover a execução de projectos de construção de zonas verdes, parques e jardins em praças e logradouros públicos; Colaborar na especificação das espécies a serem aplicadas na execução da arborização das praças, jardins e demais logradouros públicos; Providenciar a organização e manutenção actualizada do cadastro de arborização das áreas urbanas; Promover o combate às pragas e doenças vegetais nos espaços verdes sob a sua administração; Promover os serviços de podagem das árvores e da relva existentes nos parques, jardins e praças públicas; Manter em condições de operacionalidade todo o material e equipamento adstrito ao Sector; Executar as tarefas que no âmbito das suas atribuições lhes sejam superiormente solicitadas. (*) 3º Existe aquando do processo de loteamento ou de outras obras de impacto semelhante obrigações junto do município e que se concretizam no pagamento de taxas de urbanismo que têm como finalidade dotar os serviços camarários dos meios financeiros necessários para a construção, manutenção e reforço dos espaços verdes/lazer e outros equipamentos de utilização colectiva. Inclusive, a câmara pode exigir cedência de parcelas dos lotes para integrar esses espaços ou compensações em espécie (prédios noutros locais) ou pecuniárias. 4º Por tudo o que acaba de se dizer, é natural que qualquer cidadão se queixe quando vê o deficiente funcionamento dos serviços camarários, quando os borrifadores do sistema de rega dos jardins municipais não funcionam e assim: os espaços verdes dos lotes que os empreiteiros entregam às Câmaras ficam imediatamente abandonados e degradados (passagem para a gestão pública); as rotundas mais parecem campos de trigo abandonados; as árvores que estavam saudáveis em 2005 (seca extrema), já começaram a secar em 2006 (sem seca); etc. Se calhar temos outra “seca”: a falta de dinheiro! Mas se as pessoas pagam, não deveria o dinheiro aparecer? E aí poderemos pensar em “seca política”? Como me dizia alguém (com quem não concordo): “em vez de relva, meta-se calçada!” Só espero é que se alguém se lembrar de seguir este conselho não se esqueça que convém passar um herbicida para as ervas daninhas não cobrirem a calçada… Para bom entendedor meia palavra basta! Texto enviado por José Augusto Jesus

sábado, 6 de maio de 2006

Festével - As Guitarras de Alcácer Quibir

Tive a oportunidade de estar presente no arranque do Festével 2006 e assistir ao excelente desempenho do Grupo de Teatro Amador ATA - Acção Teatral Artimanha (Pinhal Novo), com "As Guitarras de Alcácer Quibir". Felicito a Casa do Povo de Pontével pela excelente organização num formidável espaço de cultura que é o auditório da SFIP.
Muito bom teatro amador até ao dia 3 de Junho, aos sábados, no auditório da SFIP.
Boa Festével!
Para saber mais sobre Teatro Amador consulte www.anta.pt

sexta-feira, 5 de maio de 2006

Assembleia Municipal de Jovens - Ensino Secundário + 2.º e 3. Ciclos de Ensino Básico

Decorreu hoje mais uma Assembleia Municipal de Jovens. Relevo desta iniciativa a elevada participação dos alunos do nosso concelho, assim como a sua excelente preparação para a discussão das temáticas propostas. Recordo que a temática proposta aos alunos do Secundário foi "Cartaxo, que futuro para os jovens do nosso concelho?" e para os alunos do 2.º e 3.º ciclos foi "Álcool: beneficíos/maleficíos?". Neste ponto de discussão temática destaco a participação de um conjunto de da Escola Secundária do Cartaxo (7.º D) que, acompanhados pela Prof. Ana Barroso fizeram uma introdução ao tema para os seus colegas.

quarta-feira, 3 de maio de 2006

Clube de Natação do Cartaxo - Últimos Resultados

AQUATLO DE TOMAR – 25 de Abril Os Atletas do CNC foram 6 vezes ao pódio. O Clube de Natação do Cartaxo conseguiu o 3º lugar na classificação por Clubes. João Gabriel venceu a classe de benjamins. Benjamins Masculinos 50m natação - 300 corrida 1º Lugar - João Gabriel 01:48.01 2º Lugar - Miguel Cassiano 01:50.46 6º Lugar - João Aguiar 02:06.48 9º Lugar - André Bento 02:10.83 21ª Lugar - Rui Torres 02:43.32 Infantis Femininos 150m natação - 800m corrida 8º Lugar - Andreia Ferrum 05:59.98 19º Lugar - Joana Amaral 06:56.85 Infantis Masculinos 150m natação - 800m corrida 3º Lugar - Afonso Claudino 05:23.42 12ª Lugar - João Oliveira 06:12.37 18º Lugar - Bogdan Kosinov 06:41.09 20º Lugar - Pedro Oliveira 06:44.27 35º Lugar - João Silvério 09:08.42 Iniciados Masculinos 200m natação - 1000m corrida 6º Lugar - Pedro Amaral 06:53.04 Juvenis Masculinos 300m natação - 1500m corrida 2º Lugar - Fabrício Tomás 08:41.05 3º Lugar - João Serrano 08:47.62 Juvenis Femininos 300m natação - 1500m corrida 5º Lugar - Ana Oliveira 10:22.93 CORRIDA DA LIBERDADE – ESTÁDIO MUNICIPAL DO CARTAXO – 25 de Abril Os Atletas do CNC foram 9 vezes ao pódio. Miguel Henriques, Miguel Cassiano e Afonso Claudino venceram respectivamente as classes de Juniores, Benjamins e Infantis. No pódio estiveram também João Serrano, Fabrício Tomás, Andreia Ferrum, Cruz Silva, António Henriques e João Gabriel. CAMPEONATO NACIONAL DE CLUBES DE DUATLO – 29 de Abril O CNC conseguiu o 2º lugar na classificação por clubes na prova aberta de Juvenis. Fabrício Tomás foi 3º classificado em juvenis. João Amaral foi 3º classificado em juniores. Carla Ribeiro obteve o 1º lugar em seniores feminino. Juvenis Masculinos 2,6km corrida - 7,5km ciclismo - 1,3km corrida 3º Lugar - Fabricio Tomás 7º Lugar - João Serrano 10º Lugar - Pedro Lopes Juniores Masculinos 2,6km corrida - 7,5km ciclismo - 1,3km corrida 3º Lugar - João Amaral Seniores Femininas 5,2km corrida - 22,5km ciclismo - 2,6km corrida 1º Lugar, 6º Lugar Absoluto - Carla Ribeiro Seniores Masculinos 5,2km corrida - 22,5km ciclismo - 2,6km corrida 40º lugar - Rui Sousa 49º Lugar - Duarte Barreto 51º Lugar - José Lino 59º Lugar - Paulo Conde 93º Lugar - Luis Castelo Resultados enviados pelo Clube de Natação do Cartaxo

terça-feira, 25 de abril de 2006

TODOS OS ANOS UM “NOVO ABRIL”!

Passaram-se anos, meses, dias...em que naquela noite se fez dia, e do tronco da árvore adormecida brotou a flor mais bonita que alguma vez se viu florida, com pétalas multicolores, orvalhadas com lágrimas de alegria. Passaram-se anos, meses, dias... que do destapar das gargantas rompeu, lancinante, o grito prometido, e mil vezes contido, de uma nova liberdade que chegava em Abril ! Passaram-se dias, meses, anos...que soldados, fardados de ganga com armas vestidas de cravos, resgataram a paz numa pátria sofrida, e abrindo as portas das prisões da cidadania, libertaram a liberdade e a prometida democracia! Foi o começo de um tempo novo! Um tempo de vida vivida, um tempo sentido. Um tempo de palavra mudada de um país oprimido para uma pátria renascida acordada em democracia ! Desde essa noite que se fez dia, muitas águas correram pelos rios que a liberdade rasgou, e se mil ventos trouxeram mil promessas, outros, levaram esperanças mil, de tempos ansiosos, por cumprir Abril. Mas, em cada ano, mês, dia…renasce sempre a certeza de uma promessa por cumprir, num Abril todos os anos renovado, mas sempre renascido, em cada um de nós, em cada tempo que há-de vir ! Mensagem de 25 de Abril enviada por Renato Vieira Campos 25 de Abril de 2006

segunda-feira, 24 de abril de 2006

Comemorações do 25 de Abril - PROGRAMA

CARTAXO Dia 24 de Abril 21:30 horas - VI Grande Prémio de Atletismo Rui Silva 22:30 horas - Entrega de prémios 23:00 horas - Concerto pela Banda da Sociedade Filarmónica Cartaxense 00:00 horas - Fogo de Artifício Dia 25 de Abril 09:00 horas - Hastear da Bandeira com a presença da Fanfarra dos Bombeiros Municipais do Cartaxo - Homenagem aos ex-Combatentes com a participação da Associação dos Deficientes das Forças Armadas - Desfile das viaturas dos Bombeiros Municipais do Cartaxo 10:00 horas - Corridas da Liberdade (Estádio Municipal) 10:30 horas - Assembleia Municipal alusiva ao 25 de Abril 15:00 horas - Actuação do Grupo de Cavaquinhos da Sociedade Filarmónica Cartaxense (Praça 15 de Dezembro) 16:00 horas - Actuação do Rancho Infantil, Adulto e Glórias Vivas do Rancho Folclórico do Cartaxo (Praça 15 de Dezembro) EREIRA 10:00 horas - Marcha pela Liberdade PONTÉVEL 15:30 horas - Sessão Solene (Junta de Freguesia de Pontével) 16:00 horas - Concerto pela Banda da Sociedade Filarmónica Incrível Pontevelense (Auditório da SFIP) VALE DA PINTA 10:00 horas - Largada de pombos (junto ao Mercado) 10:30 horas - Corridas da Liberdade para todas as idades
- Jogos tradicionais, jogos de tabuleiro e construção de papagaios de papel

Direitos ao Assunto: Cada vez mais nas "lonas"!

Apesar de ser um optimista convicto, acusado, talvez por isso, de muita “ingenuidade”, a verdade é que tenho de admitir que as coisas vão de mal a pior! Que coisas? Tantas… Ontem, já me pediram 55 cêntimos por um café, a gasolina chega aos €. 1,394, tudo aumenta! Nem me preocupo em arranjar mais exemplos de uma realidade que todos conhecem por experiência própria, sentem-no no “bolso”! Já começo a preocupar-me com as promessas de crescimento económico que não se cumprem. A crescente subida dos preços do petróleo não nos ajuda, além de ter consequências directas no orçamento de cada um, também se reflecte “fora de portas”. Como não podia deixar de ser (até para mim que não percebo muito destas “balanças”) as nossas exportações não aumentam, os nossos turistas não aparecem e por aí fora. Para piorar as coisas, aqueles que ainda tem a sorte de ter um emprego começam a ver os seus vínculos laborais cada vez mais precários. Como é possível “criar raízes”, dar um passo para a frente, se o dia de amanhã é cada vez mais incerto? A corroborar esta “triste” realidade, veio agora o governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, expressar aquilo que muitos já esperavam e todos não desejariam e que eu resumo assim: vamos ter mais impostos e maiores impostos. “As medidas para condicionar a despesa pública levam tempo a produzir efeitos e é necessário começar a reduzir o défice já este ano, pelo que será porventura inevitável adoptar medidas também do lado das receitas” – disse. O “porventura” do senhor governador não deve ser lido em meu entender. Apesar de o não dizer claramente, o que também não me parece coerente com tradição destas “comissões independentes”, percebe-se que o défice passará dos 6,83 % do PIB. Sócrates, que se ouvirá esta quarta feira no Parlamento, já tem planos para aumentar os impostos, introduzir portagens nas SCUT´s, entre outras medidas. Há até quem defenda a implementação de um imposto transitório sobre pessoas e empresas, a saber, o Presidente da Associação Industrial Portuguesa. Uma coisa é certa, há já quem diga que com esta realidade, com este relatório – acompanhado por outros dois não menos importantes, o do FMI e outro da OCDE, este último que vaticina o fim da crise para 2010 (!) – acabou o “estado de graça” do Governo de Sócrates. Parece-me uma conclusão acertada. O choque tecnológico, a desburocratização, a aposta nas novas tecnologias, tudo isto tem que começar a produzir frutos. Isto é, é preciso que o Estado comece a poupar. Não pode continuar a sustentar-se esta crise com o endividamento crescente dos cidadãos. O Estado tem que dar o exemplo e, até agora, não o tem feito! E, se não for assim, cada vez mais se porá em causa o investimento público, nomeadamente, os “gigantes” OTA e TGV! Perante tudo isto, lamenta-se que o Ministro das Finanças venha reiterar o compromisso de não aumentar impostos, estabelecendo como meta para o défice, os 4,6%. Será que é preciso mais indicadores para se “agarrar o boi pelos cornos” como disse um respeitável comentador político, em vez de se andar a atirar areia para os olhos? P.S.: Quando é que isto pára? Quando é que voltamos a ter uns “tostões” no bolso? http://forum.advogadosctx.com/ Texto enviado por José Augusto Jesus

domingo, 23 de abril de 2006

DIA MUNDIAL DO LIVRO E DO DIREITO DE AUTOR

O "Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor" foi comemorado com a presença da escritora Fátima Pinto Ferreira. Nesta sessão, Fátima Pinto Ferreira apresentou, na Biblioteca Municipal Marcelino Mesquita, a sua mais recente publicação, "São Judas Iscariotes". Foram muitos os que se juntaram a esta iniciativa que contou, ainda, com a participação musical da Sociedade Filarmónica Cartaxense.

sexta-feira, 21 de abril de 2006

FESTÉVEL 2006 - FESTA DO TEATRO EM PONTÉVEL

A Casa do Povo de Pontével, com apoio da Câmara Municipal do Cartaxo e Junta de Freguesia de Pontével, está a organizar a FESTÉVEL 2006. Esta grande festa de Teatro decorrerá entre os dias 6 de Maio e 3 de Junho, no Auditório da Sociedade Filarmónica Incrível Pontevelense. A Sala do Auditório abre pelas 21.00 horas, começando todos os espectáculos ás 21.30 horas. Felicito a Casa do Povo de Pontével por esta grande organização.

PROGRAMA Sábado, 6 de Maio Auditório da Sociedade Filarmónica Incrível Pontevelense A.T.A Acção Teatral Artimanha - Pinhal Novo “As Guitarras de Alcacér Quibir” de Horácio Manuel Sábado, 13 de Maio Auditório da Sociedade Filarmónica Incrível Pontevelense Grupo Cénico da S.O.I.R. Sociedade Operária de Instrução e Recreio Joaquim António d’Aguiar – Évora “O Tartufo” de Moliere/Adaptação de Lovilet Sábado, 20 de Maio Auditório da Sociedade Filarmónica Incrível Pontevelense Grupo Cénico da Sociedade Filarmónica Incrível Almadense “A Cantora Careca” de Eugéne Ionesco Sábado, 27 de Maio Auditório da Sociedade Filarmónica Incrível Pontevelense CONTACTO – Companhia de Teatro Água Corrente de Ovar “O Adorivel Divórcio” de Manuel Ramos Costa Sábado, 3 de Junho Auditório da Sociedade Filarmónica Incrível Pontevelense Grupo Cénico da Casa do Povo de Pontével “A Birra do Morto” de Vicente Sanches/Adaptação de Carlos Santos

Para mais informações sobre o Grupo Cénico da Casa do Povo de Pontével consulte o Site da Junta de Freguesia de Pontével em http://www.jf-pontevel.pt/content/view/26/44/

Noite de Poesia - Romantismo

quinta-feira, 20 de abril de 2006

VI GRANDE PRÉMIO DE ATLETISMO RUI SILVA

Desde o seu início em 2001, o Grande Prémio de Atletismo “Rui Silva” tem crescido em número de atletas e em número de colaboradores na sua organização. Neste ponto, impõe-se o destaque e agradecimento aos muitos voluntários e funcionários da Câmara Municipal do Cartaxo que trabalham neste grande evento, às forças de segurança do nosso concelho, aos Bombeiros Municipais do Cartaxo, à Cruz Vermelha Portuguesa e à Associação Humanitária de Pontével e, acima de tudo, às largas centenas de pessoas que dão força e entusiasmo aos atletas que nos brindam com a sua presença. De igual forma, uma palavra de apreço para todas as entidades públicas, desportivas, associativas, empresariais e comerciais que, numa admirável conjugação de esforços, impulsionam e garantem a realização deste grande evento, que traz ao concelho do Cartaxo, atletas de todo o país, contribuindo assim para a divulgação da nossa terra. O Grande Prémio de Atletismo “Rui Silva” é a justa homenagem ao grande campeão que nasceu para o atletismo no nosso concelho – foi atleta do Estrela Futebol Clube Ouriquense – e a todos aqueles que, no passado e no presente, têm contribuído para que esta modalidade se desenvolva, com particular e merecido destaque para o trabalho realizado pela Casa do Povo de Pontével, Núcleo Sportinguista do Cartaxo e Ateneu Artístico Cartaxense. Por outro lado, julgamos que o gosto pela prática regular de actividades físicas e a aquisição de estilos de vida saudáveis passa, inevitavelmente, pela promoção de eventos desportivos que tenham uma grande capacidade mobilizadora. Foi no cumprimento deste quadro de objectivos, que a Câmara Municipal promoveu a realização desta prova e das Corridas da Liberdade, que se realizam no dia seguinte. Por fim, importa referir que este grande evento, que acolhe na nossa cidade centenas de pessoas, traduz bem o esforço do município do Cartaxo, das suas gentes, empresários, colectividades e associações, na firme determinação em afirmar o nosso concelho no país, como um concelho moderno e desenvolvido, com grande capacidade de iniciativa, de entreajuda e de mobilização.
Para mais informações consulte www.cm-cartaxo.pt/

Domingo, dia 23 de Abril - DIA MUNDIAL DO LIVRO na Biblioteca Municipal Marcelino Mesquita

O "Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor" é comemorado, desde 1996 e por decisão da UNESCO, a 23 de Abril, dia de São Jorge. Esta data foi escolhida para honrar a velha tradição catalã segundo a qual, neste dia, os cavaleiros oferecem às suas damas UMA ROSA VERMELHA DE SÃO JORGE (Sant Jordi) e recebem, em troca, UM LIVRO. Em simultâneo, é prestada a homenagem à obra de grandes escritores, como ShaKespeare e Cervantes, falecidos em 1616, exactamente a 23 de Abril. Partilhar livros e flores, nesta Primavera, é prolongar uma longa cadeia de alegria e cultura, de saber e paixão. Neste sentido, a proposta é para que no próximo Domingo, dia 23 de Abril, pelas 16 horas, na BIBLIOTECA MUNICIPAL MARCELINO MESQUITA, venha comemorar o Dia Mundial do Livro com a escritora residente no nosso concelho, Fátima Pinto Ferreira. Nesta sessão, Fátima Pinto Ferreira apresentará a sua mais recente publicação, "São Judas Iscariotes". Para todos os que se juntarem a nós, reservamos surpresas em forma de livros e de flores.

Vote NELSON CARVALHO.Vote LISTA B

Minha/Meu Camarada: Sou candidato a Presidente da nossa Federação. Preciso, quero e peço o seu apoio, a sua participação, o seu voto. Para, em conjunto, podermos lançar um novo ciclo da vida do PS no nosso distrito. Novo ciclo, Novas Margens para o Vale do Tejo, assente em três prioridades fundamentais: 1. Liderar a nova geração de políticas para o nosso território, consonantes com as prioridades dos fundos estruturais de 2007-2013: a valorização do Vale do Tejo e o ordenamento do território, a aposta na qualificação das pessoas, uma nova atenção à educação e à formação, a necessidade de melhorar a organização das nossas instituições, de modernizar, de tornar mais produtivas e competitivas as nossas actividades económicas, de promover o emprego e a qualidade de vida nas nossas cidades, vilas e aldeias, de procurar e estabelecer parcerias para o desenvolvimento com as instituições da região. 2. Assumir uma nova ambição autárquica no distrito. Querer ganhar e preparar estratégias e projectos ganhadores nos municípios onde perdemos mais recentemente: Santarém à cabeça, mas Tomar, Entroncamento, Alcanena. Ganhar novos municípios onde temos consolidado posições, como Ourém, Ferreira do Zêzere, Sardoal, Mação, Chamusca, Salvaterra ou Benavente. Reforçar posições onde governamos. 3. Modernizar o partido, o seu funcionamento e organização, a qualidade e profundidade do debate interno, a relação de trabalho e acompanhamento com os membros do governo e deputados do distrito, a proximidade às concelhias e aos militantes, o espírito de parceria com o Departamento das Mulheres e a Juventude Socialista. Só assim aumentaremos o prestígio do PS como partido de referência no distrito. Para a realização destes objectivos é necessário que: 1. a liderança da nossa Federação seja politicamente forte, uma voz ouvida e respeitada no distrito, na região, em Lisboa. 2. a liderança da nossa Federação se afirme como vontade e capacidade de congregação, convergência, cooperação e união do partido. Com esta inspiração, para estes objectivos, com um forte espírito de participação, com a vontade de concertação e de unidade do partido, reitero o meu pedido para que participe, apoie e vote neste projecto. Nelson Carvalho PARA VOTAR EM NELSON CARVALHO VOTE LISTA B
Texto enviado pela candidatura de Nelson Carvalho

Quebrámos os dois...

Era eu a convencer-te que gostas de mim e tu a convenceres-te que não é bem assim... Era eu a mostrar-te o meu lado mais puro e tu a argumentares os teus inevitáveis Eras tu a dançares em pleno dia e eu encostado como quem não vê Eras tu a falar para esconder a saudade e eu a esconder-me do que não se dizia ...afinal quebrámos os dois... Desviando os olhos por sentir a verdade juravas a certeza da mentira mas sem queimar demais sem querer extinguir o que já se sabia Eu fugia do toque como do cheiro por saber que era o fim da roupa vestida que inventava no meio do escuro onde estava por ver o desespero na cor que trazias... ...afinal quebrámos os dois... Era eu a despir-te do que era pequeno e tu a puxares-me para um lado mais perto onde contamos histórias que nos atam ao silêncio dos lábios que nos mata...! Eras tu a ficar por não saberes partir... e eu a rezar para que desaparecesses... Era eu a rezar para que ficasses.. e tu a ficares enquanto saías. ... não nos tocamos enquanto saías. não nos tocamos enquanto saímos. não nos tocamos e vamos fugindo porque quebrámos como crianças ...afinal quebrámos os dois... ...e é quase pecado o que se deixa... ...quase pecado o que se ignora... Letra de “Quebrámos os dois” de Toranja

UMA NOVA SOCIEDADE DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL: SERÁ DESTA VEZ?

Antecipando-se aos inevitáveis efeitos dinamizadores que os previstos e avultados investimentos públicos, a realizar na região próxima do Oeste, nomeadamente em relação ao novo aeroporto internacional da Ota, irão provocar na região envolvente, os municípios de Santarém, Rio Maior e Cartaxo, acabam de celebrar um protocolo de entendimento com vista a criarem, conjuntamente com uma parceria privada, uma Sociedade de Desenvolvimento Regional de âmbito intermunicipal. Tal medida nada teria de extraordinário se não constituísse, pelo menos na região, uma nova aposta num projecto positivo, várias vezes tentado mas, infelizmente, nunca concretizado. De facto, ao longo dos últimos anos, pelos mais variados motivos, foi suscitada por alguns autarcas (prezo-me em ter sido um dos mais entusiastas!), a necessidade de ser criada uma estrutura supra municipal, que aglutinando as sinergias do território – públicas e privadas – possibilitasse um moderno enquadramento institucional, mais apropriado às novas exigências de um desenvolvimento integrado e sustentável. Sobretudo, com a inevitável transferência do acento tónico da centralidade do município para o da região envolvente, com vista ao aproveitamento de fundos comunitários para projectos estruturantes de cariz regional, impunha-se uma nova e moderna visão de governabilidade autárquica. Infelizmente, nenhuma das previstas Sociedades de Desenvolvimento passou do papel, já que o “chamamento local” do eleitorado acabou sempre por vir a prevalecer nas mentes decisórias de alguns autarcas. Foi pena, assim, que pelas mais variadas razões, não se tenha conseguido então criar qualquer Sociedade de Desenvolvimento regional, já que o Vale do Tejo reunia e reúne todas as condições para, aproveitando correctamente as suas inegáveis potencialidades endógenas e geográficas, desencadear um processo de desenvolvimento sustentável que aglutinasse todos os seus agentes económicos, sociais e culturais. Claro, que se entende o problema da dualidade de opção de um autarca, que foi eleito para fazer obra no seu concelho e que, em certas alturas, se vê confrontado com outras prioridades de âmbito regional mas de concretização fora do seu território eleitoral. No entanto, trata-se de uma falsa questão, já que, cada vez mais, o correcto e integral desenvolvimento de um município, só será possível e sustentável se o mesmo se inserir num espaço supra municipal mais alargado, desenvolvido e indutor de um contínuo efeito de arrastamento. Modernamente, os processos de desenvolvimento de uma qualquer região, não são mais fruto de um número reduzido de agentes – incluindo os municípios – que nos seus domínios de intervenção têm a incumbência de planeá-la e geri-la. Nos tempos que correm, se o processo é cada vez mais complexo, também é felizmente mais participativo. Fundamentalmente, não se poderá ignorar que um território regional só é forte e competitivo se possuir agentes activos, isto é entidades públicas, associativas e privadas qualificadas, ágeis e disponíveis para cooperar em torno das questões chave do seu desenvolvimento. Por todas estas razões, relevamos pela positiva a decisão, agora tomada pelos três municípios ribatejanos, de não só se entenderam num espaço supra municipal, como também de arregimentarem nesse projecto uma parceria privada de âmbito financeiro. Santarém, Rio Maior e Cartaxo, formam entre si um território, com cerca de 990 Km2 , onde vivem perto de 110 mil pessoas e onde laboram 36000 empresas societárias dando emprego a perto de 23 mil activos. No seu conjunto, constituem uma ampla superfície localizada estrategicamente em plena bacia hidrográfica do Tejo, estrategicamente localizada no centro do País, possuindo um sistema urbano apoiado nos grandes eixos de transporte que estruturam o território nacional e que garantem as melhores condições de acessibilidades externas e internas, nomeadamente ao grande centro consumidor e decisor político da Grande Lisboa. O correcto aproveitamento deste território supra municipal (porque não também Almeirim?) dos não desprezíveis efeitos dinamizadores dos consideráveis investimentos públicos que lhe estão próximos, devidamente equacionado num projecto de desenvolvimento sustentável e gerido de uma forma integrada e racional, valorizará, indubitavelmente este território ribatejano. Sobretudo, potenciando a sua função de corredor de acesso à Europa, proporcionando a instalação privilegiada de pólos logísticos e, não menos importante, facilitando o aparecimento de movimentos de deslocalização empresarial para a região. Oxalá que, desta vez, a visão supra municipal dos autarcas envolvidos prevaleça sobre a “miopia local”. Texto enviado por Renato Vieira Campos

quinta-feira, 6 de abril de 2006

Governo quer doação sem limitações ao grau parentesco

O Governo aprovou, esta quinta-feira, uma proposta de lei sobre transplante de órgãos, tecidos e células em vida que visa facilitar a doação, em que o grau de parentesco deixa de ser uma limitação. O ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira, no final da reunião dos Conselhos de Ministros, adiantou aos jornalistas «esta proposta de lei, que o Governo aprovou na generalidade e submeterá à Assembleia da República, visa facilitar a doação e reduzir o tempo de espera por um transplante». O responsável apontou como «o obstáculo mais significativo» da actual legislação, de 1993, a imposição de que o dador tenha que ter um grau de parentesco até ao terceiro grau com o receptor. Para acabar com as limitações, o ministro garantiu que essa limitação deixará de existir. «Com esta alteração, passa a ser possível, por exemplo, as doações em vida de órgãos, tecidos e células não regeneráveis entre cônjuges», salientou Pedro Silva Pereira. O ministro adiantou ainda que vai existir um controlo em todo este processo. «A Entidade de Verificação da Admissibilidade da Colheita para Transplante» assegurará «a liberdade e espontaneidade do consentimento para a doação em vida, a necessária informação, a gratuitidade do acto e as repercussões na saúde do dador», explicou. De acordo com o comunicado do Conselho de Ministros, «a regra passa a ser a da admissibilidade da dádiva e da colheita em vida de órgãos, tecidos e células» impedindo-a apenas por parte de «dadores menores e incapazes» ou em casos que «envolvam a diminuição grave e permanente da integridade física ou da saúde do dador».
Notícia publicada em www.tsf.pt

Aí está mais uma revolução!

Há sensivelmente dois meses, o Governo de Sócrates anunciou dez medidas que se integravam num Programa de Simplificação Administrativa e Legislativa mais vasto a concretizar em Março.
Agora, “registe-se o cumprimento” foi publicado para entrar em vigor em 30 de Junho de 2006, o Decreto-Lei nº 76-A/2006. Além das medidas anteriormente anunciadas sobre as quais já nos debruçamos nessa altura, outras há (muitas na verdade) que também merecem a nossa atenção.
Não sei se tenho espaço para aqui descrever todas essas alterações mas, pelo menos, quero registar algumas que me parecem muito importantes.
Algumas medidas já foram apresentadas anteriormente, nomeadamente no que concerne à vida das empresas, como seja as escrituras facultativas, a supressão de livros mercantis, os registos e publicações na Internet, reconhecimentos e autenticações mais fáceis, uma única prestação de contas, marca na hora, etc. Agora é-nos apresentado o programa todo e aqui podemos descobrir que:
- Vai ser possível a dissolução de entidades comerciais, onde se incluem as sociedades, as cooperativas, os estabelecimentos comerciais de responsabilidade limitada, em três formas distintas mas todas elas com garantias de celeridade: dissolução e liquidação na hora; dissolução e liquidação administrativa e oficiosa; dissolução e liquidação a requerimento dos sócios e credores.
- A fusão e cisão de sociedades vão ser possíveis só com dois registos na conservatória e duas publicações na Internet. - Autenticação e reconhecimento presencial de assinaturas em documentos passaram a ser tarefa comum de notários, advogados, solicitadores, câmaras de comércio e indústria e conservatórias.
- Até final de 2006 vai ser possível fazer alguns registos “on-line”, evitando-se assim as “horas de espera” na conservatória… - Cria-se a “certidão on-line”, isto é, os serviços onde hoje se devia apresentar a certidão actualizada da empresa, vão somente ter que consultar a Internet e obter aí a informação “desmaterializada”...
- Extinguem-se as circunscrições e competências materiais das conservatórias do registo comercial e passa a ser possível praticar actos de registo e outros em qualquer conservatória do país.
Estas medidas, na verdade, podem ser portadoras de um novo ânimo para a nossa economia. Vão, com toda a certeza, eliminar-se burocracias que há muito não se justificavam e só servem para desmotivar quem investe. Isto é verdade! Por outro lado, espero que sejam criadas condições para esta reforma ter sucesso, nomeadamente, no que toca à formação dos funcionários das conservatórias dos registos comerciais. É que a perspectiva desta reforma tão “avançada” choca com aqueles espaços físicos “amorfos” onde coabitam registos civis, comerciais e prediais e até com certos funcionários que não sabem e não querem saber nada de “computadores”…
Votos de muito sucesso, é o que desejo! http://forum.advogadosctx.com/
Texto enviado por José Augusto Jesus

sexta-feira, 24 de março de 2006

AGENDA

Sábado, 25 de Março Inauguração do Bar “UNIÃO LAGARTENSE” Casais Lagartos, Campo de Futebol, 15 horas Rancho Folclórico Infantil da Lapa – Jantar Convívio Lapa, Sede do Rancho da Lapa, 19.30 horas

quinta-feira, 23 de março de 2006

Dia Mundial do Teatro

A pensarmos nos apreciadores de Teatro do nosso Município, antecipamos as comemorações do Dia Mundial do Teatro (27 de Março, Segunda-feira). Assim, para amanhã, Sexta-feira, às 15 horas, teremos alunos e professores da Escola Secundária do Cartaxo (3 Euros) e para o próximo Sábado, pelas 21h30m (25 de Março de 2006) o espectáculo será destinado a todo o público (7 Euros). O espectáculo para estas comemorações, no Centro Cultural Município do Cartaxo, é o monólogo "O Umbigo de Régio" interpretado por Jorge Sequerra. “O Umbigo de Régio” é um monólogo com aproximadamente uma hora e quarenta minutos, criado por Filomena Oliveira e Miguel Real, que sintetiza, de um modo fragmentário e diversificado o percurso pessoal e profissional de Régio, a multiplicidade dos locais, dos temas, dos desejos, das angústias, das interrogações e das paixões que acompanharam o autor ao longo da sua vida. Actor há perto de 30 anos, Jorge Sequerra confessa que “nunca me tinha interessado por José Régio” até ao momento em que os autores, amigos de Sequerra, lhe apresentaram um texto, especialmente criado para o actor pôr em cena, intitulado “O Umbigo de Régio”. Assim nasceu a peça. “Eu tentei compactar este estudo com aquilo que os actores fazem, ou seja depois de perceber a ordem tentei ir à procura da pessoa por fora e por dentro, desde os gestos ao modo de ser”, contou Jorge Sequerra. O autor, para melhor conhecer esta figura história, esteve em Vila do Conde e Portalegre, falou com diversas pessoas que conheceram Régio, viu inúmeras fotografias e todos os documentários existentes sobre o escritor. Tratando-se de um monólogo, Jorge Sequerra refere que “um dos grandes desafios deste projecto, foi para mim, fazer de um monólogo um espectáculo dinâmico, vivo e interessante”, o que na opinião do actor foi conseguido. Acrescentou ainda que considera “O Umbigo de Régio” uma representação de risco. “Eu nunca tive tanto medo na vida!”. O primeiro risco que o artista aponta é o facto de se tratar de uma figura histórica, uma vez que várias pessoas que o conheceram ao verem o trabalho podem discordar dele. Outro risco apontado é recitar o “Cântico Negro” em cena, uma vez que todos estão habituados a ouvi-lo na voz de João Villaret e o actor pode fazê-lo de modo diferente. “Foi de facto um grande susto” confessa. “O título da peça vem da famosa polémica histórica de 1939 entre o Régio e o Álvaro Cunhal”, conta o actor, referindo também que “este espectáculo é um bocadinho como mergulhar dentro do umbigo de Régio e então, descobre-se que, de facto, o umbigo dele é do tamanho do mundo e é um mundo imenso”. Nas palavras de Miguel Real, “o espectáculo não retrata a obra de José Régio, é apenas uma introdução ao seu espírito e um apelo à sua leitura. É uma declaração de amor por Régio em forma de monólogo teatral. Em digressão desde Março deste ano, «O Umbigo de Régio» "não é uma peça cronológica, segue uma lógica estética e dramática. Foi feita em cima de um estudo muito profundo à obra de José Régio e que abarca todos os géneros que ele escreveu” sublinha Sequerra. O Ministério da Cultura disponibilizou para o espectáculo cerca de 25 mil euros, sendo os restantes apoios de diversas entidades em materiais e serviços. Reservas no Centro Cultural Município do Cartaxo 243 701 600 Biografia de José Régio José Régio é o pseudónimo de José Maria dos Reis Pereira. Nasceu a 17 de Setembro de 1901, em Vila do Conde, cidade onde viveu durante a sua infância e adolescência e fez os seus estudos. Após uma estadia de dois anos no Porto, para concluir o 3º ciclo do ensino liceal, foi para Coimbra para frequentar a Faculdade de Letras. Aí se licenciou em Filologia Românica, em 1925, defendendo a tese intitulada "AS CORRENTES E AS INDIVIDUALIDADES NA MODERNA POESIA PORTUGUESA", trabalho em que foi feita pela primeira vez a apologia dos poetas do "ORPHEU". Cedo, iniciou a sua actividade literária em jornais e revistas. É de salientar a sua colaboração nas revistas portuenses "Crisálida" e "A Nossa Revista" e nas coimbrãs "Bizancio" e "Tríptico". Mas foi em Coimbra que consolidou as suas qualidades literárias, não apenas pelo intenso contacto com os livros que vieram a influenciar a sua obra, mas também pelo convívio com intelectuais que marcaram um dos períodos mais fecundos do século XX, tanto na criação como na crítica. No mesmo ano que concluiu a licenciatura publicou o seu primeiro volume de poesia "Poemas de Deus e do Diabo", usando pela primeira vez o pseudónimo de José Régio. Em Março de 1927, fundou com João Gaspar Simões e Branquinho da Fonseca, a revista "Presença" que durou treze anos e foi considerada o orgão do segundo modernismo. Concluído o Curso da Escola Normal, iniciou a carreira docente, com uma breve experiência como professor provisório no Liceu Alexandre Herculano, no Porto, até ser nomeado, em 1930, professor efectivo do Liceu de Portalegre cargo que exerceu até se reformar, em 1962. Desde então viveu alternando a sua residência entre Vila do Conde e Portalegre, até que em 1966, após doença prolongada se instalou definitivamente em Vila do Conde. Morreu a 22 de Dezembro de 1969, vítima de doença cardíaca. Trabalhador incansável, partilhou sempre as tarefas docentes com múltiplas actividades. Além da criação literária, manteve a colaboração em jornais e revistas como crítico e polemista. É de realçar o seu envolvimento político, sempre que as situações críticas da vida nacional o justificavam, mantendo-se sempre firme e frontal nos seus ideais socialistas, apesar do regime repressivo de então.
O isolamento a que por vezes se votava para a produção literária não o impedia das tertúlias dos cafés, que muito apreciava, nem dos contactos com os meios literários que mantinha através da intensa actividade epistolar. Foi ainda coleccionador empenhado de peças antigas de arte popular com as quais recheou as casas de Portalegre e de Vila do Conde, hoje abertas ao público para que se possam apreciar as suas valiosas colecções.