quinta-feira, 7 de setembro de 2006

Recepção aos Professores - Ensino da Música e Desporto nos Jardins-de-Infância Públicos

A recepção para os professores, educadores e demais intervenientes na área da educação, para o ano lectivo 2006/2007, voltou a encher o Auditório Municipal. Nesta cerimónia, como já vem sendo hábito, o Município dá as boas-vindas a todos os agentes educativos do nosso concelho, homenageia os professores/educadores que completaram 25 anos de ensino no nosso concelho e premeia os melhores alunos do secundário nas diversas áreas de estudo. As principais novidades apresentadas para o ano lectivo 2006/2007, na área da educação, são as actividades do plano de enriquecimento curricular para o 1.º ciclo e a definição de normas de funcionamento dos serviços de apoio à família nos jardins-de-infância da rede pública do Concelho do Cartaxo. No que diz respeito ao 1.º ciclo, para além da oferta do ensino do inglês (que este ano passa a abranger os 4 anos do 1.º ciclo de ensino básico), teremos educação física, música e apoio ao estudo (esta oferta a cargo dos Agrupamentos de Escolas). Quanto ao pré-escolar, pela primeira vez foi alcançado um acordo com todas as Juntas de Freguesia com jardins-de-infância da rede pública do Concelho do Cartaxo (todas as Freguesias excepto Cartaxo e Ereira), no sentido de harmonizarmos horários, preços e condições de acesso nos serviços de apoio à família (alimentação e actividades de complemento de horário). Assim, independentemente do jardim-de-infância da rede pública que se frequente, todas as crianças terão as mesmas condições de acesso e, para as famílias que solicitem actividades de complemento de horário (vulgarmente conhecidas como "prolongamento"), incluído no preço estarão 2 ofertas educativas: música e educação física. Estas actividades operacionalizadas pelas juntas de freguesia seguiram a orientação pedagógica dos Agrupamentos de Escolas em articulação com a Câmara Municipal. As normas têm, ainda, por objectivo clarificar as principais questões relativas à organização e funcionamento dos serviços de apoio à família – alimentação e complemento de horário – nos jardins-de-infância da rede pública do concelho do Cartaxo, procurando contribuir para uma melhor definição das competências de cada um dos intervenientes no processo – Câmara Municipal, Juntas de Freguesia, Agrupamentos de Escolas e Pais e Encarregados de Educação das Crianças – e das regras procedimentais específicas da realidade concelhia. Na elaboração destas normas foram ouvidos os conselhos executivos do Agrupamento D. Sancho I e do Agrupamento Marcelino Mesquita e as Juntas de Freguesia. Estas normas e a sua prática serão um ponto de partida para a implementação de uma proposta de regulamento municipal a apreciar, nos termos da Lei e até ao final do ano, pelos órgãos autárquicos competentes.

sexta-feira, 1 de setembro de 2006

Sessão Solene de Abertura das Comemorações dos 150 Anos do Dramaturgo Marcelino Mesquita

Discurso de Abertura das Comemorações Sua Excelência o Secretário de Estado da Cultura, Dr. Mário Vieira de Carvalho, Exmo. Sr. Adjunto do Governador Civil do Distrito de Santarém, Dr. Pedro Ribeiro, Exmo. Sr. Presidente da Assembleia Municipal do Cartaxo, Dr. António Gois, Exmo. Sr. Coordenador da edição da Obra Completa de Marcelino Mesquita da Imprensa Nacional Casa da Moeda, Dr. Duarte Ivo Cruz, Caros Dr. Renato Campos e Dr. Francisco Pereira, antigos Presidentes desta Câmara, Exmos. Senhores Vereadores, Presidentes de Junta de Freguesia e demais autarcas de Município e Freguesia, Comissão Marcelino Mesquita, Autoridades policiais, dirigentes associativos, docentes e demais convidados, Órgãos de comunicação social,
Caros amigos, Quero em primeiro lugar cumprimentar respeitosamente e agradecer a Sua Excelência o Secretário de Estado da Cultura, que quis ter para com o Município do Cartaxo a generosidade de com a sua presença distinguir a personalidade do Teatro que estamos a homenagear. Quero saudar igualmente todos os que nos honram com a sua presença e o seu interesse. A decisão de comemorarmos os 150 anos de nascimento do dramaturgo Marcelino Mesquita corresponde à exigência, sentida, que se faça da cultura e da educação os grandes pontos de apoio em que o nosso desenvolvimento deve assentar. São estas as matérias-primas que definirão a riqueza dos povos e das nações. O que conta, cada vez mais, são as pessoas e a sua cultura. Penso que, nos tempos actuais, não há tarefa mais urgente do que a educação e a cultura. Ninguém duvida que a sociedade do século XXI terá como elementos essenciais o conhecimento, a criatividade e a inteligência. Quero aqui, diante de vós, exprimir publicamente o mais vivo reconhecimento à Comissão Marcelino Mesquita que tenho a honra de presidir, constituída pelo Dr. António Filipe Rato, Dr. Aurélio Marques, Dr. Miguel Leal, Dr. Pedro Mendonça, Dr. Rogério Coito, Dr. Rui Pedro Gonçalves e Dr.ª Zelinda Pêgo, pela forma voluntária, abnegada, empenhada e inteligente com que têm desempenhado as suas funções. Desde a primeira reunião da Comissão, a 16 de Janeiro deste ano, que registo o brilho e a dedicação invulgares, a competência e a disponibilidade, proporcionando, sempre, um ambiente de trabalho criativo e participativo. Quero também, de forma muito especial, manifestar o meu profundo reconhecimento à Dr.ª Filipa Casqueiro, revisora deste trabalho, ao Sr. Sérgio Claudino, responsável pela capa, ao Sr. João Pereira, da gráfica Corpo 8 e à Professora Emília Palhinha, presidente do Júri do Concurso Logotipo, pelo interesse e empenhamento demonstrados na edição desta obra. Uma referência, também, para o trabalho empenhado da Dr.ª Joana Vergas e da Dr.ª Ana Ribeiro no acompanhamento e operacionalização dos trabalhos da Comissão. A prontidão e eficácia desta vasta equipa de trabalho foram fundamentais para que a obra fosse publicada num espaço de tempo que respondesse ao arranque oficial das Comemorações. Realço, também, a mobilização, efectuada pela Comissão, de instituições e diversos agentes de desenvolvimento cultural para as comemorações da efeméride: Escola Secundária do Cartaxo, Agrupamentos de Escolas D. Sancho I e Marcelino Mesquita, movimento associativo cultural – com particular destaque para os grupos cénicos do nosso concelho – , Museu Nacional do Teatro, Teatro Nacional D. Maria II, Escola Superior de Teatro e Cinema, autarcas de Município e de Freguesia, entre outros. Deste conjunto de contactos e reuniões de trabalho, resultou um programa de comemorações que teve como principal preocupação, divulgar a obra do dramaturgo, com particular enfoque junto dos mais jovens e do movimento associativo cultural que trabalha na área do Teatro. Evidencio, nas actividades propostas, o envolvimento de todo o universo educativo com a implementação do “Prémio Marcelino Mesquita”; o envolvimento dos grupos cénicos no “I Festival de Teatro Amador Marcelino Mesquita”; o envolvimento de toda a comunidade através da “Recriação Histórica – Marcelino Mesquita” e dos “Passeios Marcelinianos”, onde propomos a descoberta da vida de Marcelino Mesquita; e, entre outras iniciativas, o encerramento das Comemorações com a publicação de um livro sobre os “Amadores de Teatro Marcelino Mesquita”, grupo cénico que, em 2007, comemora 50 anos de existência. A publicação que hoje apresentamos pretende contribuir para um conhecimento mais aprofundado de Marcelino Mesquita. Penso ser oportuno referir que não existe a pretensão de, no conjunto destes cinco textos, esgotar os temas relevantes na vida e obra do dramaturgo, embora estes sejam indiscutivelmente fulcrais. Tornando estes contributos, deste modo, acessíveis à leitura e à ponderação de todos, é possível alargar o debate e a reflexão que eles suscitam. Não podia, creio eu, haver melhor entendimento do propósito que anima a comemoração desta efeméride: fazer dela um ponto de convergência, que reuna vozes e valores para a reflexão e para o debate de ideias; e um ponto de partida de onde essa reflexão possa ser partilhada e enriquecida por outros interessados. Exmo. Senhor Secretário de Estado, Minhas Senhores e Meus Senhores, Comemorar Marcelino Mesquita é, de facto, prestar homenagem a uma grande figura do teatro português. O conhecimento das raízes, próximas ou longínquas, daqueles que elevaram o nome do nosso concelho, deve estar na base de uma vigilância lúcida face aos problemas que se nos colocam hoje e aos desafios que nos aguardam. Vigilância lúcida que, fiel à memória de Marcelino Mesquita, deve converter-se em capacidade crítica, em intervenção responsável, em desejo de contribuir para um destino comum. O teatro é desde a Antiguidade Grega, um dos mais reconhecidos testemunhos da nossa cultura e da nossa civilização. Atrevo-me a dizer que o teatro tem sido, quase sempre, o ponto de partida para as grandes mudanças e rupturas sociais do nosso tempo e uma mensagem de esperança na capacidade de regeneração da condição humana. Também por estas razões, comemorar Marcelino Mesquita é saudar com muita admiração e simpatia todos os que no nosso concelho trabalham no teatro e para o teatro, muitas vezes em situações de escassez de recursos, fazendo sempre prevalecer o seu amor à arte. No nosso concelho, nos últimos anos, demos um salto qualitativo em termos de equipamentos sociais depois de supridas outras necessidades. No âmbito da cultura, para além do apoio às colectividades temos desde o ano passado um Centro Cultural que inaugurou uma nova fase na vida cultural do nosso concelho, representando para as associações culturais um desafio e um salto qualitativo nas condições do seu trabalho de formação artística e na apresentação dos seus espectáculos. O próximo desafio na área da cultura é a construção da nova Biblioteca Municipal, que se encontra em fase de discussão com o Instituto Português do Livro e da Biblioteca. Solicitamos, nesse sentido, o apoio do Governo na comparticipação desta infra-estrutura que irá possibilitar, naturalmente, uma melhor política de difusão do livro, o reforço da ligação às bibliotecas escolares e, em simultâneo, permitirá dar um outro destino, na área da cultura, à biblioteca municipal Marcelino Mesquita que comemora a 2 de Dezembro deste ano, 50 anos. Tal como a estátua aqui na Praça 15 de Dezembro, foi inaugurada no âmbito das comemorações do centenário do dramaturgo. Para finalizar, comemorar Marcelino Mesquita é, também, renovar os valores da liberdade, da abertura ao que é diferente e novo. No caminho do estimulo ao conhecimento e dos valores da cidadania que Marcelino percorreu, vamos, com toda a certeza, continuar a construir esta obra humanista sempre inacabada: um concelho que continue a representar para as gerações vindouras, uma terra com tradições, de gente de trabalho, onde existe sempre espaço para a inovação e criatividade. Viva a memória de Marcelino Mesquita!