Governo apresentado. Bom, uma parte dele. Faltam os Secretários de Estado. Uma boa equipa também depende da coesão em cada Ministério. Ainda assim, o elenco de Ministras (5) e Ministros (11)) suscita entusiasmo, quer pelo perfil técnico e político, quer pela interpretação que o Primeiro-Ministro fez dos reajustamentos necessários em áreas de grande tensão sócio-profissional. Esta formação governativa parece-me pretender cumprir três grandes objectivos: 1.º Objectivo: resolver a crise. A passagem do economista do ISEG, Vieira da Silva, para a Economia e Inovação, acumulando o Desenvolvimento, e assim a gestão dos fundos comunitários (QREN), a par da designação de um notável economista, também do ISEG, nas Obras Públicas, dão um sinal político claro da gestão pragmática que o combate à crise obriga: prioridade à economia, ao investimento público e ao rigor da sua execução.
Em tempo de crise, a urgente necessidade da aceleração da execução do QREN justifica esta “transferência” da importante área que tutelava para a Economia. A entrada de António Mendonça nas Obras Públicas e Transportes justifica-se para responder às questões de controlo orçamental dos grandes investimentos públicos.
Vejamos: os grandes investimentos, depois de décadas de discussão, ficaram definidos na legislatura que agora termina. Estão definidos e desenhados os grandes projectos como a Terceira Travessia do Tejo, o TGV e o Aeroporto Internacional de Lisboa. Nesta legislatura, a discussão não se irá centrar nas questões técnicas, nas questões de engenharia, mas sim no modelo de financiamento, no impacte destes investimentos na economia e nas suas eventuais derrapagens. Assim, parece-me plenamente ajustado que o PM tenha entregue essas tarefas a um Professor Catedrático, bastante respeitado intelectualmente no mundo económico e académico.
2.º Objectivo: assegurar a governabilidade. Num Governo de minoria, a pasta dos Assuntos Parlamentares ganha uma relevância que não teve na legislatura anterior, sem prejuízo do elevado mérito da intervenção política de Santos Silva. O desgaste deste Ministro junto das oposições em defesa do Governo inviabilizava uma solução de continuidade.
Assim, teria que se encontrar uma personalidade que assegurasse condições de diálogo, de confiança e de compromisso político junto das diferentes bancadas parlamentares, e que ao mesmo tempo, fosse próximo do núcleo duro do PM.
Jorge Lacão assegura tudo isto. Acumula a experiência parlamentar de muitos anos, com o exercício das funções de Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros - por onde passou todo o processo legislativo do Governo -, trabalhando ao lado de Pedro Silva Pereira, braço direito do PM. Era, porventura, a única personalidade que preenchia todos estes requisitos singulares na actual conjuntura de grande dispersão parlamentar.
3.º Objectivo: pacificar a educação e a agricultura. As substituições na Educação e na Agricultura eram desde há muito reclamadas pelos respectivos sectores sócio-profissionais. A animosidade crescente nestas áreas reclamavam novos rostos, novas soluções que restaurem e reforcem o clima de confiança e de concertação política. Isabel Alçada e António Serrano têm essa tarefa árdua, dada a conjuntura de crispação que vão encontrar nos seus sectores. Foi, essencialmente aqui, que se registou maior incompreensão em algumas reformas efectuadas. Foi por aqui que passou a perda da maioria absoluta. Professores a penalizarem-nos com o voto, fundamentalmente, no BE; e os agricultores, na mesma medida, a posicionarem-se no CDS-PP. Infografia: http://www.expresso.pt/








A Lista de candidatos a Deputados pelo PS no Circulo Eleitoral de Santarém foi entregue na 6ª feira dia 14 de Agosto no Tribunal de Santarém pelo Mandatário Distrital do Partido Socialista, coronel Garcia Pereira, acompanhado neste acto pelo cabeça-de-lista Jorge Lacão, actual Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros e por Idália Moniz, número dois da lista e actual Secretária de Estado da Reabilitação. 







