domingo, 12 de julho de 2009

COMÉRCIO EXTERNO

O último boletim do INE indicava que neste primeiro trismestre, face ao período homólogo, as nossas exportações caíram 27,1% e as importações 29%.
É este o reflexo da crise internacional e, particularmente, dos nos nossos principais destinos de exportação. Este é um dado objectivo que estreita bastante o corredor da demagogia sobre a origem da actual crise.
Apesar de estarmos mergulhados nesta crise internacional retiramos deste cenário que a dívida com origem no défice da nossa balança comercial é hoje menor do que há um ano. Vejamos com um exemplo prático: se há um ano vendiamos 57,3€ de bens e serviços por cada 100€ que comprávamos, hoje vendemos 74,8€ por cada 100€ que compramos.
Em suma, o cenário ideal era que este ajustamento resultasse com valores positivos nas exportações e importações. Ainda assim, no meio da crise em que (sobre)vivemos, ao menos que as empresas exportadores resistam melhor do que o mercado interno, particularmente se esta maior resistência das exportações não assenta em produtos de baixo preço e de baixa qualidade, naturalmente mais procurados quando escasseia o dinheiro nas familias e nas empresas.