sexta-feira, 22 de junho de 2007

TGV: GOVERNO DIZ QUE AEROPORTO EM ALCOCHETE OBRIGARÁ A NOVO ESTUDO DE ACESSIBILIDADES

A secretária de Estado dos Transportes admitiu hoje que se o novo aeroporto de Lisboa não for construído na Ota, será necessário realizar um "estudo rigoroso” das acessibilidades à infra-estrutura. Ana Paula Vitorino, que falava à margem da apresentação do modelo de negócio para a rede de alta velocidade, no Centro de Congressos de Lisboa, sublinhou, no entanto, que qualquer que venha a ser a solução ela não pode "pôr em causa a ligação de Lisboa a Madrid", a "principal prioridade" do Governo. "Podem ser feitas pequenas alterações a este projecto e até convém que seja melhorado até ao momento em que se inicie a construção", acrescentou Ana Paula Vitorino, explicando que se o aeroporto não for construído na Ota não se fará a estação naquela localidade, como está previsto no actual traçado. No entanto, a secretária de Estado garantiu que não haverá desvios ou alterações no traçado para a linha Lisboa-Porto, considerando ser o "traçado que melhor serve a ligação entre as duas cidades, servindo também Leiria, Coimbra e Aveiro". Questionada sobre a hipótese da linha de alta velocidade passar por Alcochete, caso seja essa a localização do novo aeroporto, Ana Paula Vitorino disse que “dificilmente” será encontrado “um corredor que sirva, simultaneamente, a alta velocidade, a rede convencional para comboios suburbanos, a rede convencional para longo curso e a rede convencional para transporte ferroviário de mercadorias". “O que é importante é termos um aeroporto com boas acessibilidades, a partir dos principais pontos de origem e de destino dos passageiros", sublinhou. Referindo-se ao modelo de financiamento da rede de alta velocidade, que prevê que o Estado comece a pagar o TGV só a partir de 2013, a secretária de Estado disse que os "encargos para o Estado vão surgir na mesma altura em que os benefícios". Por fim, Ana Paula Vitorino frisou que o projecto de alta velocidade português criará 36 mil postos de trabalho permanentes, gerando um aumento do investimento privado de cerca de 76 mil milhões de euros, um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 99 mil milhões de euros e um acréscimo na receita fiscal na ordem dos 21 mil milhões de euros. Fonte: www.publicopt